O Hospital Auxiliadora poderá ter uma gestão compartilhada com a Prefeitura de Três Lagoas, a partir do próximo ano. Com isso, a administração do hospital continuará sendo feita pelas irmãs salesianas, mas também por pessoas contratadas pela Prefeitura. A sugestão para que isso possa acontecer surgiu durante as reuniões que vêm ocorrendo entre os representantes da administração municipal, do governo do Estado e do próprio hospital. O assunto foi discutido também na reunião do Conselho Municipal de Saúde que aconteceu nessa quarta-feira (12).
Na ocasião em que foi discutida a contratualização do hospital, foi solicitado que o conselho indicasse três representantes para participar das discussões sobre o assunto. Hoje, será realizada uma nova reunião entre representantes da Prefeitura, do hospital, do governo do Estado e do Conselho de Saúde.
Ontem à noite, aconteceu uma reunião do Conselho Consultivo do Hospital. Segundo a diretora administrativa do hospital, Fermina Mendonça Borges, esse foi um dos assuntos discutidos. A decisão sobre a possibilidade da gestão compartilhada poderá acontecer ainda hoje.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Eliane Brilhante, caso essa sugestão seja aprovada, a Prefeitura indicaria profissionais técnicos para atuar dentro do hospital a fim de atuar em conjunto com a administração. “Seriam indicados, por exemplo, técnicos em contabilidade para atuarem no setor de contabilidade do hospital, assim como outros funcionários, os quais não teriam vínculos com a Prefeitura e seriam contratados para ajudar na administração”, exemplificou.
Duramente a reunião do Conselho Municipal de Saúde, foi informado que o Hospital Auxiliadora tem uma dívida de R$ 1,9 milhão. Foi discutida também a possibilidade de uma parceria e um esforço conjunto entre os três entes federativos para a quitação desse débito, a fim de que o hospital comece um novo contrato com a Prefeitura, a partir do próximo ano, sem nenhuma dívida. O contrato entre o Auxiliadora e a administração municipal se encerra no próximo dia 7 de janeiro.
Para a secretária de Saúde, uma administração conjunta com o hospital seria interessante para ambos, já que a Prefeitura passaria também a ter controle sobre aspectos financeiros e sobre o atendimento que o Auxiliadora presta. “Seria uma interferência branca, como a gente chama, uma administração compartilhada”, frisou.