Um rapaz de 27 anos morreu nesse final de semana em Três Lagoas com suspeita da gripe A (H1N1), a gripe suína. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Auxiliadora e veio a óbito nesse domingo. O rapaz, que não teve a identidade revelada, residia em uma república de trabalhadores, localizada no bairro Santa Lourdes, saída para Campo Grande.
Segundo a diretora do Departamento de Saúde Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Neide Yuki, o jovem veio do Piauí e chegou a Três Lagoas no dia 30 de junho. No dia 3 deste mês, ele começou a apresentar febre alta, falta de ar e foi internado no hospital com suspeitas de ter contraído o vírus da Influenza A.
Neide informou que ele nem chegou a trabalhar na empresa para qual seria contratado. “Ele já chegou ruim”, frisou. A diretora disse que o paciente estava sendo investigado e o material coletado foi encaminhado para análise em um laboratório em São Paulo. Somente, após o resultado, é que será possível confirmar a causa da morte. Na manhã de ontem, Neide Yuki participou do programa RCN Notícias da Rádio Cultura FM (106,5Mhz) e falou sobre a situação em que se encontra em Três Lagoas, referente a influenza A (H1N1).
CASOS
De acordo com a diretora do Departamento de Saúde Epidemiológica, de 18 de maio a 17 de julho deste ano, foram registrados em Três Lagoas 17 casos suspeitos de gripe H1N1. Desses, 12 já foram descartados laboratorialmente; um confirmado como gripe sazonal; três aguardando resultado e um caso de gripe suína confirmado em uma criança de dois meses. O recém-nascido reside em Bodoquena e veio a Três Lagoas a passeio. Ele ficou internado no Hospital Auxiliadora e depois encaminhado para Campo Grande.
Neide informou que não é possível saber se o recém-nascido contraiu a doença em Três Lagoas. Entretanto, o caso fica registrado no município, já que a primeira internação dele ocorreu na cidade e o seu encaminhado foi feito como paciente de Três Lagoas para a capital.
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CUIDADOS
Neide Yuki destacou que cuidados básicos podem prevenir contra o vírus influenza H1N1. Ela afirmou que a vacina é importante, mas que cuidados básicos de higiene previnem contra a doença. “hábitos básicos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, ou o uso diário do álcool em gel podem evitar a doença”, salientou.
A coordenadora informou que a vacina contra a gripe suína não é mais disponibilizada nas unidades de saúde, já que a meta de vacinação ao público alvo já foi atingida. No entanto, ela disse que é possível encontrar a vacina na rede privada, embora, em Três Lagoas e Andradina /SP, segundo Neide, está em falta, devido à demanda. A dose, de acordo com a diretora, custa cerca de R$ 60.
Em relação ao medicamento oseltamivir, de nome comercial tamiflu, Neide disse que ele só deve ser tomado sobre prescrição médica, e de preferência, até 48 horas após sentir os primeiros sintomas da gripe. Os sintomas da gripe suína são febre alta, superior a 38graus, dores de cabeça; no corpo, nas articulações e de garganta; coriza-nariz escorrendo- tosse seca, sem catarro, vômito e diarreia. “É importante que, ao sentir os primeiros sintomas as pessoas procurem uma unidade de saúde”, solicitou Neide.
