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Editorial

A irresponsabilidade nas redes sociais

Leia o Editorial do Jornal do Povo, da edição que circula neste sábado (6)

Leia o Editorial do Jornal do Povo, da edição que circula neste sábado (6). Foto: Divulgação.
Leia o Editorial do Jornal do Povo, da edição que circula neste sábado (6). Foto: Divulgação.

Nesta semana, repentinamente, começou a circular falsa notícia de que uma pessoa dirigindo uma motocicleta estaria atirando à esmo, ferindo e matando pessoas em bairros da cidade. De bate pronto, quem lê a notícia se sente assustado diante de tanta insegurança em tempos de tantos fatos delituosos que são registrados todos os dias. Responsavelmente e como deve ser, a imprensa comprometida com a realidade dos fatos e a verdade buscou conferir a informação que se alastrava como rastro de pólvora, já que este é o efeito que as redes sociais causam diante da instantaneidade com que faz circular o que nela é postado.

Apurada a notícia, comprovou-se tratar de “Fake News”. Embora, três pessoas tenham sido feridas por arma de fogo, o fato é que a polícia conseguiu apurar que se tratava de episódios distintos, mas, decorrente de ação envolvendo pessoas relacionadas pelo e com tráfego de drogas. Enfim, a pronta ação da Polícia Militar dissipou o clima de instabilidade social e insegurança que a notícia causou, porque não se tratava de um atirador desmiolado que saiu atirando a bel prazer para fazer vítimas, mas com objetivo e decisão deliberada. Desse fato, mais uma vez se extrai a lição de quanto é importante e necessário o monitoramento pelas autoridades públicas nas redes sociais, as quais, atualmente, estão infestadas de gente com péssimas intenções, ora, lesando financeiramente, ora, tentando aliciar pessoas, notadamente crianças e jovens, que se encantam com promessas que não se cumprem e acabam se transformando em verdadeiros tormentos para as vítimas e seus familiares, entre tantos e tristes episódios. Não se trata de censura, mas de regulação desse meio de comunicação muito potente e capaz de causar como se sabe muitos danos de ordem patrimonial e moral.

O ocorrido no início da semana aqui em Três Lagoas é a ponta dos males que crueldades e notícias infundadas as redes sociais podem causar para pessoas desavisadas que acabam caindo na armadilha de quem ou por desvio de conduta, ou por distúrbio de qualquer natureza, posta fatos e inverdades. A responsabilização pelo mal uso das redes sociais deve ser com urgência regulamentada pelos congressistas brasileiros. É imperativo estabelecer regras que deixem claro o que é ético e moral, e o que é atentatório e coloca em risco a integridade das pessoas. Por isso, é que se defende que todas as vezes que fatos veiculados nas redes sociais que atentam contra pessoas e a verdade dos fatos, além daqueles considerados criminosos, sejam removidos por determinação de autoridades públicas ou mediante notificação da pessoa prejudicada, mediante fundamentação do prejuizo consolidado, imediatamente. Não se trata de censura, porque a liberdade de se falar o que bem se entende, implica em responsabilidade civil e criminal, além de preservar direitos.

Quem acha que pode dizer e falar o que quer, ou postar ideias e propostas que atentam contra o estabelecido na lei, deve responder pela própria conduta. Não podemos viver nas redes sociais como se vivêssemos numa terra sem lei, postando o que bem queremos ou atacando pessoas pelo simples prazer de atacar, ou dar asas a sentimentos menos nobres. A redes sociais devem ser lugar onde também se preserva a saúde mental de todos nós e não ambiente que dá asas a postagem de ideias e condutas que contrariam o que está estabelecido pela ordem pública, pela ética e a boa moral. Enfim, nada deve ser postado que não contribui para o aprimoramento e evolução que procuramos como pessoa.