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Deepfake

Crimes com vídeos falsos no país crescem 830% e especialistas alertam

Deepfake, termo que combina "deep learning" (aprendizado de máquina) e "fake" (falso)

A proliferação de vídeos e áudios manipulados digitalmente, conhecidos como "deepfakes", tem gerado um alarmante aumento nos crimes no Brasil. Foto: Reprodução/TVC HD.
A proliferação de vídeos e áudios manipulados digitalmente, conhecidos como "deepfakes", tem gerado um alarmante aumento nos crimes no Brasil. Foto: Reprodução/TVC HD.

A proliferação de vídeos e áudios manipulados digitalmente, conhecidos como “deepfakes”, tem gerado um alarmante aumento nos crimes no Brasil. Dados recentes revelam um crescimento de 830% entre 2023 e 2024 nesse tipo de delito, colocando a população em alerta máximo contra golpes cada vez mais sofisticados.

Deepfake, termo que combina “deep learning” (aprendizado de máquina) e “fake” (falso), refere-se a conteúdos fabricados que imitam com impressionante precisão a aparência e a voz de qualquer pessoa. Apesar do realismo, muitos ainda desconhecem o significado e a forma de identificar esses vídeos, como é o exemplo do motoboy Wesley Farias.

“Muito golpe em cima disso. Talvez até para trazer desinformação”, comentou.

A utilização de deepfakes é variada e maliciosa. Um dos golpes mais comuns, segundo especialistas, envolve o contato via WhatsApp com falsas identidades para solicitar dinheiro, alegando, por exemplo, a aquisição de um novo celular. Golpes com instituições financeiras também são frequentes, onde a tecnologia é usada para simular a identidade de pessoas, realizar empréstimos ou violar sigilos bancários.

Além disso, ataques às mulheres têm se tornado uma preocupação crescente, com chantagens envolvendo vídeos íntimos falsos. O advogado criminalista, Thiago Sirahata, ressaltou a aprovação de uma lei que aumenta a pena para quem comete esse tipo de crime, sublinhando a gravidade da situação.

Como se proteger e agir em caso de golpe:

  1. Registro de ocorrência: O primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência na delegacia local, comunicando o crime às autoridades.
  2. Alerta a familiares e amigos: Informe imediatamente sua rede de contatos sobre o ocorrido para evitar que outras pessoas caiam no mesmo golpe.
  3. Coleta de evidências: Reúna todas as informações possíveis: vídeos, áudios, mensagens e quaisquer outros materiais usados para te prejudicar, além de documentar os prejuízos sofridos.
  4. Busca por apoio legal: Leve as evidências ao Ministério Público, a um advogado particular ou à Defensoria Pública, caso não tenha condições de contratar um.

Diante desse cenário, Sirahata alerta que a vigilância é fundamental.

“Todo cuidado é pouco. Não acredite em tudo o que vê na internet”, pontuou.

A população deve redobrar a atenção e verificar a veracidade das informações e dos contatos recebidos, especialmente quando envolvem solicitações de dinheiro ou dados pessoais.