
Três Lagoas enfrenta um aumento expressivo em acidentes envolvendo escorpiões. Entre janeiro e novembro deste ano, o município registrou 758 ocorrências, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. O dado por si só já preocupa, mas um detalhe chama ainda mais atenção: quase metade desses ataques aconteceu apenas nos últimos dois meses.
Comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 518 casos, o salto é significativo. Para o setor da Saúde, o momento exige alerta e reforço nas medidas de prevenção. Principalmente com a chegada das chuvas.
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) explica que a elevação dos últimos meses está diretamente relacionada ao período reprodutivo dos escorpiões, que ocorre entre setembro e dezembro. As características dessa época — muito calor, umidade elevada e chuvas frequentes — favorecem a expansão e o deslocamento desses animais, que acabam buscando abrigo dentro das casas. “É justamente por isso que os moradores estão encontrando mais escorpiões nos quintais, banheiros, áreas de serviço e até nos quartos. Eles buscam locais úmidos, abrigos e pequenos insetos para alimentação”, detalha o coordenador do CCZ, Christovam Bazan.
Com o avanço dos registros, as orientações para evitar acidentes precisam ser reforçadas. Em caso de picada, o atendimento deve ser imediato. Em Três Lagoas, a referência é o Hospital Auxiliadora, única unidade do município que mantém todos os tipos de soros utilizados no tratamento de acidentes com animais peçonhentos.
Entre as principais medidas de prevenção estão a de manter a cama afastada da parede; evitar lençóis encostando no chão; manter ralos sempre tampados; evitar acúmulo de lixo e entulho no quintal; não deixar plantas com restos orgânicos usados como adubo ao alcance; redobrar atenção em locais úmidos, escuros ou com frestas; realizar dedetização em áreas com grande concentração de escorpiões.