
Com a instalação de grandes empreendimentos na região, como a nova fábrica de celulose da Arauco, em Inocência, e a unidade da Bracell, em Bataguassu, Três Lagoas e os municípios vizinhos vivem um momento de oportunidades. O avanço desses projetos, somado às indústrias já consolidadas no município, tem movimentado diferentes setores da economia, em especial o imobiliário, que registra forte aquecimento, principalmente no segmento de locação.
Três Lagoas e região vivem um novo ciclo de expansão econômica impulsionado pela consolidação do polo de celulose e também pelo avanço da citricultura. A avaliação é do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Marco Antônio Gomes Junior, que destaca o impacto positivo da chegada da Arauco e de outras empresas ligadas à cadeia produtiva.
Segundo o secretário, o anúncio da instalação do setor administrativo da Arauco em Três Lagoas movimenta o mercado imobiliário e o comércio local. “A empresa anunciou que o administrativo dela será em Três Lagoas, o que representa cerca de 400 profissionais, além das famílias que virão juntos. Isso significa uma nova demanda por moradia, serviços e consumo. Já sentimos reflexos com o aumento na procura por imóveis e abertura de novos empreendimentos”, afirmou.
A escolha da cidade, de acordo com Marco Antônio, está relacionada à infraestrutura consolidada e ao ambiente favorável aos negócios. “Três Lagoas oferece uma rede de serviços completa, comércio fortalecido e qualidade de vida superior às cidades vizinhas. Esse conjunto de fatores tem atraído empresas que buscam eficiência e suporte técnico”, avaliou.
Entre os novos investimentos previstos, o secretário mencionou a instalação da multinacional Andritz, assim como a Valmet, que vão atuar no fornecimento de equipamentos e serviços para o setor de celulose. “Essas empresas reforçam a posição de Três Lagoas como polo da celulose, atendendo toda a cadeia industrial e consolidando o município como referência no segmento”, destacou.
Desafios
Apesar das oportunidades e do volume expressivo de investimentos, Três Lagoas ainda enfrenta desafios no mercado de trabalho, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta semana, os quais revelam que o município ocupa a 14ª posição em Mato Grosso do Sul com rendimento médio de R$ 1.674. Além disso, o município registra dificuldade em preencher o quantitativo de vagas abertas, especialmente em áreas técnicas e operacionais.
Citricultura
Além do setor industrial, a citricultura surge como novo vetor de crescimento. Com a aquisição de novas áreas para plantio de laranja em Três Lagoas e região, o município se prepara para diversificar sua matriz econômica. “O investimento por hectare na laranja é superior ao da celulose e gera uma demanda intensa por mão de obra. É um mercado com grande potencial para gerar emprego e renda, especialmente nas áreas rurais”, explicou o secretário.
Mesmo diante de um cenário de instabilidade global, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Três Lagoas tem mantido ritmo de crescimento acima da média nacional. O setor imobiliário aquecido, a chegada de novas indústrias e o fortalecimento do comércio local refletem um ambiente econômico sólido e confiante. “Vivemos um momento único, uma espécie de bolha positiva. Três Lagoas está fora da curva da crise e segue atraindo investimentos que reforçam sua vocação produtiva”, concluiu Marco Antônio Gomes Junior.