A crescente onda de furtos de cabos elétricos tem causado transtornos significativos a moradores, comerciantes e à população em geral de Três Lagoas. Os crimes, geralmente praticados por usuários de drogas em busca de recursos para sustentar o vício em crack, resultam em prejuízos materiais e riscos à segurança pública. O cobre extraído dos fios furtados é, posteriormente, vendido em ferros-velhos.
Residências, comércios e prédios públicos têm sido alvos frequentes da ação criminosa. Para acessar os cabos, os suspeitos arrombam portas, danificam telhados e depredam estruturas. Diversos locais públicos já foram afetados, tornando-se alvos recorrentes dos chamados “nóias” — termo popularmente utilizado para se referir a usuários de entorpecentes em situação de vulnerabilidade.
Em maio, a recém-inaugurada avenida Baldomero Leituga ficou às escuras após dois homens cortarem cabos elétricos, deixando mais de quatro quarteirões sem iluminação. A dupla foi presa pela Polícia Militar em flagrante. Veja o caso.
No dia 15 de fevereiro, um jovem de 22 anos foi preso após furtar fios e danificar equipamentos da praça pública recém-inaugurada no bairro Jardim Moçambique.
Mais recentemente, entre os meses de junho e julho, comerciantes e moradores da Avenida Clodoaldo Garcia, no trecho que vai do Centro de Especialidades Médicas (CEM) até o bairro Vila dos Ferroviários, na saída para Campo Grande, relataram uma série de furtos de cabos que alimentam a iluminação do canteiro central — uma área recentemente revitalizada.
Câmeras de segurança flagraram as ações dos criminosos, que deixaram diversos quarteirões às escuras, elevando o nível de insegurança e o risco de acidentes. A Polícia Militar intensificou as rondas na região, porém, devido à rapidez com que os suspeitos agem, muitos não são flagrados em tempo hábil. Mesmo quando presos, a maioria dos autores acaba sendo liberada em menos de 24 horas.