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Presidente do Sinted de Três Lagoas ressalta luta por piso salarial

Ranking da Fetems destaca o município como referência estadual no cumprimento das leis que regem a carreira docente

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas e vereadora, Maria Diogo - Foto: Reprodução/TVC HD.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas e vereadora, Maria Diogo - Foto: Reprodução/TVC HD.

A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) divulgou o ranking salarial de 2025, com os valores pagos pelas redes estadual e municipais aos profissionais da educação. O levantamento tem como objetivo conscientizar os gestores públicos sobre a importância de respeitar o piso salarial nacional do magistério e valorizar a carreira docente.

Entre os 79 municípios sul-mato-grossenses, Três Lagoas aparece em primeiro lugar no pagamento a professores com formação de nível médio e jornada de 40 horas semanais, com salário de R$ 7.544,53. Para docentes com formação superior, o município está em segundo lugar, com remuneração de R$ 11.166,79, ficando atrás apenas da rede estadual, que paga R$ 13.007,02.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas e vereadora, Maria Diogo, comentou a importância do levantamento. “A intenção da Fetems é mostrar quem está cumprindo a lei do piso e quem não está. Três Lagoas tem uma luta histórica. Em 2014, durante o mandato da prefeita Márcia Moura, construímos um projeto de política salarial baseado no modelo do Estado, adequado à realidade do município”, explicou.

Na época, Três Lagoas ocupava a 43ª posição no ranking estadual. Desde então, o plano de piso para 20 horas foi reajustado duas vezes. Maria Diogo destacou que a luta da categoria tem sido contínua. “Neste ano, ficamos cinco meses sem reajuste, aguardando o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal para que o prefeito Cassiano Maia pudesse conceder os 13,06% previstos”.

Ela lembra que a legislação vigente, que garante o piso proporcional à jornada de 20 horas, vale até o fim de 2025. “No segundo semestre vamos apresentar um novo projeto de lei. Hoje, Três Lagoas já paga 53% a mais que o piso nacional de 40 horas. Queremos atingir os 100%.”

Ao ser questionada se é possível igualar os salários pagos pela rede estadual, Maria foi cautelosa. “Depende da política orçamentária do município. A educação não se sustenta apenas com o Fundeb, mas também com recursos próprios. Tudo depende da oscilação entre esses orçamentos”.