Veículos de Comunicação

Ressignificação

Programa de Controle do Tabagismo é ampliado e ganha oito novos polos em Três Lagoas

Cerca de 9,3% da população brasileira com 18 anos ou mais é fumante

A dependência na substância está associada a mais de 50 doenças. Foto: Divulgação.
A dependência na substância está associada a mais de 50 doenças. Foto: Divulgação.

Apesar das campanhas de conscientização e das restrições ao uso do cigarro, o tabagismo ainda representa um grave problema de saúde pública no Brasil. Segundo dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), cerca de 9,3% da população brasileira com 18 anos ou mais é fumante, o que equivale a mais de 20 milhões de pessoas. A dependência da nicotina não apenas afeta a qualidade de vida do indivíduo, mas também está associada a mais de 50 doenças, incluindo diversos tipos de câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios crônicos.

Diante da persistência desses números e da crescente demanda por suporte para quem deseja abandonar o vício, o Programa de Controle do Tabagismo foi ampliado em Três Lagoas. Antes concentrado apenas no Centro de Especialidades Médicas (CEM), o atendimento agora está disponível em oito Unidades de Saúde da Família (USFs), o que descentraliza o acesso e amplia as possibilidades de tratamento para a população.

A medida reflete a necessidade de tornar o atendimento mais próximo das comunidades e resulta de uma iniciativa que envolveu a capacitação de cerca de 290 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, dentistas, farmacêuticos, fisioterapeutas e agentes comunitários. Esses profissionais estão habilitados a oferecer acompanhamento específico e orientação contínua a quem busca se libertar da dependência da nicotina.

O programa, que já vinha apresentando resultados expressivos, mostra ainda mais eficácia com a ampliação. Apenas em 2025, 72 pessoas foram atendidas; dessas, 47 conseguiram parar de fumar e permanecem sob acompanhamento mensal, conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.

Além do apoio psicológico e comportamental, os pacientes têm acesso a medicamentos gratuitos, quando necessário, e participam de sessões em grupo ou consultas individuais.