A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nova medida que estabelece maior rigor na compra das chamadas “canetas emagrecedoras” em farmácias de todo o Brasil. A partir de agora, a aquisição desses medicamentos só será possível mediante retenção da receita médica no local.
Para o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF-MS), a mudança é um avanço para a saúde da população, visando conter o uso indiscriminado e proteger os pacientes. Embora possa ser vista como uma burocracia adicional, a medida é fundamental para garantir a segurança dos usuários, uma vez que esses medicamentos, apesar de valiosos quando bem indicados, não são isentos de riscos. O uso sem orientação pode acarretar sérias consequências, como descompensação de doenças crônicas, problemas cardiovasculares e alterações gastrointestinais.
As canetas emagrecedoras, que atuam em sistemas complexos do organismo, são indicadas principalmente para pacientes com diabetes tipo 2 ou obesidade diagnosticada. Contudo, a prescrição deve ser resultado de uma avaliação médica criteriosa, considerando o histórico de saúde e os potenciais riscos para cada indivíduo.
A nova receita, agora controlada, deverá ser impressa em papel timbrado, com informações claras sobre o uso, nome da medicação e letra legível. Além disso, a validade da receita será ampliada para 90 dias, diferente das receitas brancas anteriores (como as de antidepressivos e anticonvulsivantes), que valiam por 60 dias. Deve constar também o tempo de tratamento, assinatura e data do médico, seguindo os critérios das receitas C1.