Servidores do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) paralisaram os serviços em protesto nacional por reajuste salarial na quarta-feira (17). Em Três Lagoas, a mobilização também aconteceu, acompanhando a movimentação em diversas cidades do país.
Segundo Cleverson Pereira, representante da categoria, a principal reivindicação é a manutenção da paridade e da simetria com os servidores do Poder Judiciário da União.
“Essa paridade existe desde a Constituição de 1988, mas neste ano está sendo quebrada. O Judiciário aprovou um projeto de reajuste escalonado em três parcelas de 8%, enquanto para nós está previsto apenas uma parcela de 5,25%. Isso gera, ao final de três anos, uma diferença de mais de 20% entre carreiras idênticas”, explicou.
Os servidores ressaltam que não estão em greve, mas em “estado de greve”. Caso a demanda não seja atendida pelo Procurador-Geral da República (PGR), não está descartada uma paralisação nacional por tempo indeterminado.
“Nosso objetivo não é parar, mas ser atendidos. Queremos apenas igualdade de tratamento e condições justas para continuar oferecendo um serviço essencial de qualidade à sociedade”, destacou Pereira.
O movimento teve início em Brasília e se espalhou por outros estados, incluindo mobilizações em Campo Grande, Dourados e Corumbá.