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Três Lagoas registra 108 ocorrências de incêndios em vegetação neste ano

Número de incêndios em vegetação cai mais de 60% em Três Lagoas em 2025, aponta Corpo de Bombeiros

Área de mata da Cascalheira é um dos locais com registrados de incêndios neste ano - Foto: Divulgação.
Área de mata da Cascalheira é um dos locais com registrados de incêndios neste ano - Foto: Divulgação.

A fumaça e a fuligem que encobriram Três Lagoas nos últimos dias chamaram a atenção dos moradores e evidenciaram um problema recorrente nesta época do ano, o aumento no número de incêndios urbanos e florestais.

De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, entre janeiro e o dia 6 de outubro deste ano foram registradas 108 ocorrências de incêndios em vegetação. O número, no entanto, é menor se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 291 ocorrências.

Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Reinaldo Cândido, essa queda está diretamente ligada ao trabalho de prevenção e conscientização realizado pelas empresas do setor florestal e de celulose. “Hoje a gente vê uma diminuição muito grande dos incêndios em áreas de eucalipto. As empresas têm investido em monitoramento, câmeras e tecnologia pra proteger as florestas, que são a principal matéria-prima delas. E as campanhas de conscientização têm surtido efeito”, destacou.

Mesmo com a redução nas ocorrências locais, Três Lagoas ainda sofre os reflexos de queimadas em municípios vizinhos. No fim de semana, o vento trouxe para a cidade a fumaça e a fuligem de um grande incêndio em Itapura, no interior de São Paulo. A ventania espalhou o material particulado por toda a área urbana, sujando calçadas, veículos e telhados.

O tenente Cândido lembra que, além das ações preventivas do setor florestal, a colaboração da população continua sendo essencial para manter os números em queda. “Atear fogo em lixo, folhas ou terrenos baldios é crime ambiental e pode resultar em multa e até prisão. A população precisa continuar denunciando e evitando atitudes que coloquem vidas e o meio ambiente em risco”, reforçou.