
A Câmara Municipal de Três Lagoas aprovou nesta semana o projeto de lei que cria o concurso de decoração e iluminação de Natal, iniciativa que promete movimentar a cidade e reforçar o clima festivo de fim de ano.
A proposta prevê premiação para as melhores decorações entre residências e comércios localizados na área urbana do município. Poderão participar pessoas físicas e estabelecimentos comerciais, ficando de fora indústrias e prédios públicos. A avaliação será feita por uma comissão escolhida pela prefeitura, que levará em conta critérios como criatividade, originalidade, harmonia das cores, iluminação e presença de elementos da cultura local.
As visitas da comissão julgadora ocorrerão à noite, sem aviso prévio, para garantir surpresas agradáveis aos jurados e aos participantes. O vencedor da categoria residencial será contemplado com isenção total do IPTU do ano seguinte e troféu. O segundo colocado receberá desconto de 75%, enquanto os classificados até o sexto lugar terão redução parcial do imposto.
No caso dos comércios, o prêmio será a isenção da taxa de funcionamento e de expediente. Segundo o vereador Adriano Cesar Rodrigues, o Sargento Rodrigues, a proposta vai muito além da competição. “É um projeto fantástico, que vai impulsionar a população a enfeitar casas e comércios, resgatando o espírito natalino que vem se perdendo ao longo dos anos. Isso é muito importante para a cidade”, destacou o líder do prefeito na Câmara.
TRADIÇÃO
Há quem mantenha o espírito natalino vivo há décadas. É o caso de dona Nair Azambuja e seu Juvenal Ribeiro, casal conhecido por montar há 50 anos um presépio gigantesco em casa. “Desde criança eu gosto do Natal. Eu fazia o presépio com cabacinha, galhinho de mato e algodão. Agora tenho mais coisas, mas o amor continua o mesmo”, contou dona Nair.
Para ela, o concurso é um incentivo para que mais pessoas entrem no clima natalino. “Muita gente às vezes não tem ânimo para fazer, quem sabe agora fica com vontade, né? Eu já não penso em prêmio, quero é fazer. Se eu não monto, parece que a casa fica triste. Quando vejo as lâmpadas e as bolinhas, já fico alegre”, disse emocionada.
Aos 84 anos, seu Juvenal acompanha a esposa com dedicação. “Ela gosta e eu ajudo. Não vou deixá-la trabalhar sozinha. É companheirismo. Sem companheirismo não faz nada”, afirmou sorrindo, enquanto subia e descia a escada para ajudar na montagem.