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Justiça nega fiança para diretor do FMI em caso de suposto abuso sexual

Dominique Strauss-Khan, 62, casado com a jornalista franco-americana Anne Sinclair e pai de quatro filhos, se declara inocente

O político francês Dominique Strauss-Khan, detido no último sábado sob suspeita de envolvimento em um caso de abuso sexual, teve seu pedido de fiança negado e vai continuar sob custódia policial, segundo decisão da juíza norte-americana Melissa Jackson anunciada nesta segunda-feira (16).

Strauss-Khan, que é diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) desde 2007, foi preso em avião da companhia aérea Air France quando se preparava para viajar a Paris (França), na tarde do sábado (14) após denúncia de que supostamente teria cometido abuso sexual contra uma camareira de um hotel de Nova York (EUA).

Nesta segunda-feira, após ouvir da defesa que o acusado estava disposto a pagar um milhão de dólares em fiança, a juíza considerou que Strauss-Kahn deve permanecer detido porque há "risco de fuga". A próxima sessão na corte está marcada para o dia 20 de maio.

Dominique Strauss-Khan, 62, casado com a jornalista franco-americana Anne Sinclair e pai de quatro filhos, se declara inocente, segundo seus advogados.

O caso
Segundo seu relato, publicado pela imprensa americana, uma funcionária de 32 anos de idade do hotel Sofitel de Nova York entrou no quarto em que estava hospedado o diretor do FMI sem saber que ele estava ali. Strauss-Kahn teria saído do banheiro sem roupas e então supostamente teria tentado agredi-la sexualmente.

De acordo com o canal MSNBC, Strauss-Kahn obrigou a vítima a praticar sexo oral e tentou arrancar as roupas íntimas dela, mas a mulher conseguiu escapar e fugiu do quarto. Em seguida, a camareira alertou os outros funcionários do hotel, que ligaram para o serviço de emergência policial.

Segundo fontes policiais, Strauss-Kahn deixou o hotel de maneira precipitada e esqueceu o telefone celular e outros objetos pessoais.

John Sheehan, diretor de segurança do Sofitel, disse à AFP que a rede está cooperando com a investigação. "O Sofitel está trabalhando com o Departamento de Polícia de Nova York em sua investigação. A segurança de nossos clientes e membros de equipe são nossa maior prioridade", disse.