A Secretaria Municipal de Saúde confirmou ontem o primeiro óbito registrado por dengue hemorrágica neste ano, em Três Lagoas. A vítima, Cléia Aparecida Assis Ferreira, de 28 anos, morreu no dia 5 de maio no Hospital Auxiliadora com suspeita da doença. O laudo médico apontou que a causa seria dengue hemorrágica, mas a confirmação saiu nesta semana, após a realização dos exames laboratoriais.
A jovem procurou o Pronto Atendimento (PA) no dia 3 de maio com os sintomas da doença e com o exame de sangue que havia feito em outra unidade. Segundo a coordenadora do PA, Daiane Divina Duarte, em razão do quadro da jovem, ela foi encaminhada ao Hospital Auxiliadora, onde ficou internada até o dia 5 de maio, quando faleceu no local. A família alegou que houve demora no atendimento e negligência médica.
De acordo com a diretora do Departamento Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, Neide Hiroko Yuki, a dengue apresenta uma evolução rápida e pode passar de um caso clássico e levar ao óbito. “Sempre falamos, a dengue mata. Por isso, ao sentir os primeiros sintomas, os pacientes precisam procurar uma unidade de saúde”, frisou Neide.
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CASOS
Do início deste ano até o último dia 2 de junho, Três Lagoas havia registrado 1.802 notificações de casos suspeitos da doença. Desses, 343 foram confirmados e 449 descartados. Nesse período, 109 pessoas foram internadas por dengue no Hospital Auxiliadora e Unimed.
Três Lagoas lidera a lista dos municípios de Mato Grosso do Sul com alta incidência da doença (proporcional ao número de habitantes). Os números equivalem a uma incidência de mais de 1.709 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Os vírus do tipo um e dois são os que circulam em Três Lagoas. Ainda não existe caso do tipo quatro registrado no município. No entanto, em Campo Grande, Corumbá, Rio Brilhante, Itaquiraí, Ladário e Mundo Novo, já existem casos do vírus tipo quatro confirmados.
Em razão dos casos registrados, a Secretaria de Saúde vem intensificando as ações no combate ao mosquito transmissor da dengue. Neide informou que no mês de março houve uma redução no número, entretanto, o trabalho precisa ser permanente. Além dos serviços de rotina, a secretaria tem realizado a ação “Saúde na Comunidade”, que visa orientar a população sobre como fazer o manejo correto nos quintais, além de limpar os terrenos baldios e recolher os entulhos que sirvam de depósito para o criadouro do mosquito transmissor da doença.
