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Três Lagoas

Obra da Petrobras vai gerar 5 mil empregos

Dois engenheiros da Estatal estão realizados estudos do terreno onde será realizado o empreendimento

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A montagem da fábrica de fertilizantes da Petrobras, em Três Lagoas, que representa um investimento de R$ 2 bilhões,  vai gerar cerca de 5 mil empregos diretos (fase de pico) e quanto estiver operando vai gerar aproximadamente 500 empregos diretos. Os engenheiros da estatal, Paulo Farah e Fernando Lage, estão na cidade para fazer levantamento topográfico da área onde será construído o empreendimento. Posteriormente será realizado o levantamento aerofotogramétrico.

Estes trabalhos darão base para realizado do Estudo de Impacto Ambiental que será apresentado ao Instituto Meio de Mato Grosso do Sul (Imasul) para a concessão da licença ambiental para início das obras.

A presença dos técnicos da Petrobras em Três Lagoas enterra de uma vez por todas as especulações de que outra cidade de Mato Grosso do Sul ou até mesmo outro estado poderiam ganhar a “disputa econômica” por sediar a construção da fábrica de fertilizantes.

Na edição do dia 26 de novembro deste ano, o Jornal do Povo já havia anunciado em primeira mão que a Cidade já havia sido escolhida pela Petrobras. O projeto que prevê produção de uréia e amônia, inclusive já foi apresentado pelo presidente da Estatal, José Sergio Gabrieelli ao presidente Luis Inácio Lula da Silva. 

O principal fator que levou a escolha da Cidade, foi a existência da termoelétrica  e sua localização geográfica. 

A nova fábrica da Petrobras vai produzir uréia granulada e perolada e novo produto deve ser batizado de Reforço N (uréia pecuária). De acordo com o projeto, a produção deve começar a partir de 2013, com uma capacidade anual de 1 milhão de toneladas. Com a fábrica de Três Lagoas, vai dobrar a vai dobrar a fabricação de fertilizantes no País.

De acordo com informações do Ministério da Agricultura, nos próximos cinco anos, o Brasil poderá se tornar autossuficiente na produção de amônia e ureia, necessários para a agricultura e que o País importa mais de 70%.

Os produtos

A Petrobras já produz  ureia nas fábricas de fertilizantes nitrogenados do Pólo Petroquímico de Camaçari (BA) e do município de Laranjeiras (SE). A amônia produzida pela companhia é gerada a partir do gás natural nas mesmas fábricas. A estatal vai produzir ureia granulada e perolada e novo produto deve ser batizado de Reforço N (uréia pecuária).

A ureia é a principal fonte de nitrogênio para a agricultura brasileira, sendo responsável por cerca de 57% do consumo no Brasil.Sintetizada a partir da amônia e do gás carbônico, sob condição de temperatura e pressão elevadas, a ureia é utilizada como matéria-prima na indústria e agropecuária no Brasil. Por suas características, a ureia granulada é indicada nas culturas mais tecnificadas, como café, milho, cana-de-açúcar e algodão. A uréia perolada é largamente utilizada na agricultura brasileira há algumas décadas. O formato de pérolas dos grãos é resultado do processo que coloca o produto concentrado líquido, em forma de gotas, em contato com uma corrente de ar quente. A transformação ocorre dentro da torre de perolação.

Já a amônia é um produto químico utilizado na indústria de fertilizantes, farmacêutica, têxtil, de refrigeração industrial, entre outras atividades.
Em condições normais de temperatura e pressão, a amônia é apresentada em estado gasoso. Porém, o produto é comercializado sob a forma líquida e é utilizado na indústria de fertilizantes como matéria-prima para a produção de uréia, sulfato de amônio, nitrato de amônio, fosfato monoamônico (MAP), fosfato diamônico (DAP), a amônia também podendo ser aplicado diretamente no solo.