Ventiladores no chão, garrafas pet com água congelada, carteiras amontoadas e salas escuras, este é o cenário onde estão instalados os alunos da Escola Municipal Flausina de Assunção Marinho e que não tem agradado pais. Na manhã de ontem (2) o Jornal do Povo recebeu uma ligação de um pai relatando o problema.
Segundo o pai de aluno, que preferiu não se identificar, a escola convocou uma reunião para falar sobre a mudança provisória. “Eles nos disseram que os alunos teriam toda a estrutura funcional da escola à disposição. O que nos causa indignação é a maneira como eles foram colocados lá. Não há nem bebedouros. As salas estão escuras, o local não está preparado”, salientou.
A equipe do Jornal do Povo esteve na casa onde funciona provisoriamente a escola – no Centro da Cidade, próximo ao supermercado Santa Ângela – para averiguar o problema. Mais de 250 alunos foram remanejados para o local enquanto a unidade que fica no bairro Santa Rita passa por reforma. Alunos do 2º ao 5º ano foram instalados em uma casa que conta com oito salas e sete banheiros.
Embora o espaço seja grande, algumas classes, que contam com número maior de crianças, estão por demais apertadas. No espaço há duas salas vagas. Procurado pelo JP, o secretário de Educação, Mário Grespan, esteve no local para esclarecer e comentar a situação.
Segundo Grespan, a casa onde estão instalados aproximadamente 250 alunos tem estrutura para acomodar a todos, mas algumas turmas precisam ser divididas. Com isso novos professores precisariam ser contratados. “Não era essa a casa que era para ter sido alugada. Todos nós sabemos a dificuldade de encontrar imóveis. O aluguel daqui custa R$ 3,8 mil. Como estávamos com dificuldades, e já tínhamos feito uma reunião falando sobre o retorno das aulas no dia 1º de março, tivemos que optar por essa”.
Ele ainda relatou as dificuldades. “Estávamos esperando por uma casa com instalações mais adequadas, mas não conseguimos alugar, a casa não tinha matrícula. É uma questão de legislação.
Foi pedido na segunda-feira (1) o ligamento da energia, acredito que até amanhã [hoje] todo o desconforto seja resolvido”, prometeu.
Grespan enfatizou ainda o pedido de desculpas aos pais e reforçou o compromisso em melhorar as condições, chegando a cogitar a possibilidade de contratação de dois novos professores para desafogar algumas salas. “Vamos tentar dividir melhor os alunos. Se a turma é grande e a sala é pequena, podemos contratar professores. Os pais sabem que essa é uma situação provisória. Mas, estamos trabalhando para atender da melhor maneira possível. Optamos por esse espaço por ser uma situação emergencial”, salientou.
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