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Três Lagoas

Pastoral reduziu mortalidade infantil em Três Lagoas

Trabalho começou na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e logo se estendeu por toda a Cidade

Médico pediatra, José Augusto Morila Guerra, voluntário e um dos pioneiros da Pastoral da Criança em Três Lagoas -
Médico pediatra, José Augusto Morila Guerra, voluntário e um dos pioneiros da Pastoral da Criança em Três Lagoas -

Ligado à Igreja Católica, onde participava no então Movimento Carismático, o médico pediatra, José Augusto Morila Guerra, propôs à comunidade da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no bairro do mesmo nome, que “trabalhassem mais e rezassem menos”. Foi com isso, que criou impulso e dinamismo a Pastoral da Criança, em Três Lagoas, há mais de 15 anos.

Com o tempo, a Pastoral da Criança foi levada para a Paróquia Santa Rita, atuando nos bairros da periferia da Cidade, como Jardim Oiti, Jardim das Acácias e Paranapungá. Em seguida, foi implantado na Paróquia Santo Antônio, executando os trabalhos de atendimento e acompanhamento das crianças e de suas famílias, na Vila Piloto,Santa Luzia, Jardim Maristela e toda a Cidade.

Como médico voluntário da Pastoral da Criança, Guerra lembra que conheceu Zilda Arns Neumann, em Curitiba, onde participou, em três ocasiões, de encontros de agentes de pastoral. "Guardo a imagem de uma pessoa simples, humilde, preparada, que transmitia segurança e paz às pessoas, que com ela conversavam", disse o médico pediatra. "O Brasil e o Mundo perderam uma pessoa que dedicou sua vida à melhoria da qualidade de vida de nossas crianças e de suas famílias, porque a Pastoral da Criança não se limita a acompanhar o peso e o crescimento, a saúde da criança, mas envolve toda a família", comentou. "Na Pastoral da Criança, a família era também o nosso alvo das ações que desenvolvíamos, principalmente, as questões de violência e a importância da harmonia familiar para o desenvolvimento sadio de toda a criança", observou Guerra.

"O importante da Pastoral da Família, fundada por Zilda Arns, é que recebeu, desde o início o apoio e o envolvimento de todos, independente de sua ideologia ou credo, porque a criança tornou-se o centro das atenções", comentou.

Para o médico, Três Lagoas deve muito ao trabalho que foi, por muitos anos, hoje com menos intensidade, desenvolvido pela Pastoral da Criança. "Apesar das nossas autoridades não quererem admitir e enxergar a realidade, naquela época, tínhamos altos índices de desnutrição e até mortalidade infantil. Tudo isso foi reduzido a quase zero, graças ao trabalho dedicado da Pastoral da Criança", testemunhou o médico. "Meu trabalho consistia em dar apoio e acompanhamento profissional de médico, na avaliação de peso e crescimento das crianças assistidas", contou. "Hoje vivemos situações sociais bem diferentes. O que mais nos preocupa hoje é a obesidade infantil", observou.

"O trabalho da Pastoral da Criança obedecia a uma sistemática e programação eficiente, que se percebia nos resultados alcançados. Não era um trabalho improvisado. A criança era acompanhada desde a gestação, calendário de vacinas, alimentação apropriada. Os voluntários participavam de treinamentos contínuos e periódicos e o objetivo era sempre um só: que todos tenham vida e vida em abundância", lembrou.

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