Aproximadamente 400 profissionais da Educação participaram, ontem, da passeata em prol da luta por melhores salários e condições de trabalho. A manifestação faz parte da paralisação nacional de professores, iniciada no mesmo dia. Os manifestantes saíram do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted) com destino à praça Senador Ramez Tebet, onde cantaram o Hino Nacional e realizaram panfletagem. Foram distribuídas cartas que explicam à população o motivo da mobilização.
De acordo com a presidente do Sinted, Maria Aparecida Diogo, antes da passeata, 120 pessoas foram escolhidas durante assembleia para participarem de um encontro estadual que vai acontecer hoje, em Campo Grande. Trabalhadores em educação de 79 municípios participarão. A classe em todo o Brasil luta pelo piso salarial dos professores, que é de R$ 1.451, por 10% de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) na educação e que a hora-atividade (1/3 da carga horária livre para que os professores possam planejar as aulas) seja cumprida.
Maria destacou, entretanto, que os professores da educação básica das redes Municipal e Estadual já recebem o piso nacional. Esses profissionais, inclusive, recebem a hora-atividade. “A luta é nacional, por isso nos unimos, mesmo que alguns benefícios já tenham sido conquistados. Os educadores de Três Lagoas lutam, especificamente, por uma porcentagem maior do PIB para ser investido na educação. Atualmente, apenas 5,1% são repassados. Já os educadores da Rede Estadual lutam ainda pela hora-atividade, que não foi implantada”, disse.
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Para Maria Diogo, o valor do PIB investido na educação é muito baixo. “No município, por exemplo, faltam creches. Se o valor fosse maior, poderíamos ter mais unidades para atender à demanda que vem crescendo”, explicou.
PARALISAÇÃO
A paralisação segue até amanhã. Aproximadamente 25 mil alunos das redes Municipal e Estadual, incluindo os Centros de Educação Infantil (CEI’s), ficaram sem aula e só devem retornar na segunda-feira.
