Mesmo com a dificuldade para a contratação de médicos em Três Lagoas, a secretária de Saúde, Eliane Brilhante, garantiu que, por determinação da prefeita Márcia Moura, o Pronto Atendimento (antigo Postão) não irá fechar as portas, mesmo com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) entrando em funcionamento. Na manhã de ontem, a secretária participou do programa RCN Noticias, da Rádio Cultura FM (105,5 Mhz), e falou desse e de outros assuntos relacionados à área de saúde. Ela estava acompanhada da diretora do departamento de Saúde Coletiva, Ludmila do Vale Silva, e da gerente de Alta e Média Complexidade, Thais Emiliana.
O ex-secretário de Saúde, Sérgio Jeremias, havia declarado que Três Lagoas não teria condições de manter as duas unidades em funcionamento por falta de funcionários. Contudo, Eliane Brilhante afirmou que a administração municipal não está parada e continua em busca de novos médicos para suprir a carência de profissionais.
Segundo a secretária de Saúde, os móveis já foram adquiridos através de doação da Eldorado Brasil. A previsão é de que a UPA entre em funcionamento em julho. Ela explicou que tanto a Unidade de Pronto Atendimento quanto a PA vão atender a situações de emergência, mas existirá uma diferença no perfil de atendimento.
No antigo Postão, os pacientes poderão ficar internados no período de 12 horas. Já na UPA, até 24 horas. E quando não houver vaga na UTI do hospital, o paciente continuará na UPA até que haja vaga. “A Unidade de Pronto Atendimento irá funcionar como um mini-hospital”, informou.
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Ainda de acordo com Eliane Brilhante, a diferença entre as duas unidades que, na UPA, haverá a necessidade de médicos especialistas, como ortopedistas (4 profissionais), ginecologistas (4), pediatras (8), além de oito clínicos gerais. Esse, inclusive, tem sido um dos empecilhos para a contração de médicos: encontrar especialistas. Além de culminar também com o cancelamento do processo seletivo e com a abertura de concurso público para a contratação de profissionais para atender na UPA. Apenas oito haviam entregado currículo para o processo seletivo.
A secretária afirmou que será natural diminuir o fluxo de pessoas no antigo Postão, assim que a Unidade de Pronto Atendimento entrar em operação. “Sempre que abre alguma unidade é comum as pessoas quererem ser atendidas no novo espaço, mas depois tudo volta ao normal”, comentou.
Conforme Eliane Brilhante, na UPA os pacientes serão atendidos de acordo com a classificação de risco. “Ele [paciente] vai chegar, passar por uma triagem e receberá uma cor. Se for vermelho, receberá atendimento imediato. Caso seja azul, poderá esperar por até duas horas ou mais, por exemplo. Os pacientes que chegarem com o Samu ou bombeiros terão prioridade, pois as equipes socorristas já saberão onde levá-los”, esclareceu.
