O Conselho Municipal de Saúde de Três Lagoas (CMSTL) deliberou, ontem (12), o pedido de prorrogação de mais 15 dias para que seja apurada a denúncia feita pelo médico cirurgião geral, Paulo Carlos Veron da Motta, sobre a precariedade da sala de cirurgia do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Segundo o médico, o material está deteriorado, falta até instrumentos simples, como pinça para a realização de operações. O que está pondo em risco a vida dos pacientes.
De acordo com Edson Aparecido de Queiroz, Presidente do CMSTL, três auditores médicos foram disponibilizados para avaliar as condições do local. Contudo, faltam alguns detalhes técnicos para a finalização da auditoria. “O trabalho já foi feito, porém precisamos estudar o laudo para que possamos expor para que todo o Conselho delibere ou não sobre o pedido de intervenção do Hospital junto ao Ministério Público Estadual (MPE)”.
A reunião ordinária (n.º 335), no Salão de Eventos da Câmara, acontece todos os meses para fiscalizar gastos e ações da Secretaria Municipal de Saúde. São 24 conselheiros, divididos em 12 titulares e 12 suplentes, eleitos por usuários do Sistema de Saúde e pelos trabalhadores da área. “Uma de nossas tarefas é avaliar se verbas recebidas do Ministério da Saúde estão sendo empregadas naquilo para que foram destinadas”, explica o Presidente.
Para o cirurgião e diretor técnico do Hospital Auxiliadora, José Carlos de Resende Pereira, o local não é dos mais ideais, mas não há nada ali que possa comprometer a qualidade no serviço prestado aos pacientes. “Temos instrumentos antigos, como as pinças, mas como são de excelente qualidade, não deterioraram com o tempo. Também existe a questão a falta de foco da luz do refletor. Contudo, eu realizo de duas a três cirurgias por dia ali e nunca tive nenhuma mal sucedida. Os pacientes não enfrentam mais fila de espera para operações simples como as de Hérnia. Temos muita coisa para melhorar? Sim. Mas não é fazendo falsas denúncias que vamos conseguir melhorar o Hospital”, assegura o cirurgião.