A prefeita Simone Tebet, em entrevista exclusiva ao Jornal do Povo, falou sobre o problema das chuvas que castigam vários bairros da Cidade e até mesmo a região central da Cidade. Ela afirmou que vários projetos foram realizados e outros estão em andamento, envolvendo obras de drenagem, visando facilitar o escoamento das águas pluviais. Ao ser questionada sobre a falta de drenagem ser um dos principais problemas do município, ela discordou, afirmando que a maioria dos problemas verificados deve-se a topografia do município. “Nós podemos dizer que resolvemos mais de 50% do problema de drenagem que tínhamos na nossa cidade e em 2010 muitas obras estão previstas”, garante.
O problema que ocorre na Cidade, em época de chuvas, segundo Simone, deve-se ao fato dela ser muito plana. “Mas eu prefiro uma cidade plana, como Três Lagoas, do que uma cidade com declive de planalto, como acontece nos grandes centros e em São Paulo, onde você vê as enxurradas levando bicicletas, carros, pessoas e matando. Aqui você nunca ouviu falar que uma pessoa morreu devido à enchente, pois a cidade é plana. Pode ter uma rua que fique meia hora, ou uma hora sem poder transitar; pode ter excepcionalmente uma ou outra casa que alague, mas não passa disso. Então entre o bem material e a vida humana, a gente fica com a vida humana. Portanto, é bom para Três Lagoas ser plana, eu particularmente penso assim”, afirmou.
Com relação a infraestrutura necessária para solucionar problemas de enchentes em alguns bairros, a prefeita Simone Tebet, afirma que realizou várias obras na Cidade que superam ao que já foi feito pelas administrações anteriores. Segundo ela, existem quatro grande focos de drenagem na Cidade. Um deles, ainda não é considerado problema pela administração municipal, devido a baixa densidade populacional, localizada na região do Madrugadão.
A prefeita garante que destes quatro grandes focos, três já foram resolvidos ou estão sendo solucionados. Um é o Paranapungá, fizemos a drenagem e resolvemos o problema, agora falta continuar pelo Jardim Glória que é um grande projeto até o JK, sendo que o JK já foi resolvido. O outro é um projeto que está sendo licitado, que é o grande problema realmente, do Novo Aeroporto e está no pacote de drenagem e asfalto do ano que vem”, afirma a prefeita.
O terceiro foco de drenagem foi no bairro Nossa Senhora Aparecida, na Rua Manoel Jorge, que era um caos, e segundo a prefeita, já foi solucionado. “O quarto foco de drenagem é o do bairro Santa Terezinha que já foi licitado, e está sendo feita a drenagem”, informou.
Simone Tebet ressalta que os demais pontos na Cidade serão aliviados por conta destas obras de drenagem. “Às vezes as pessoas falam que inunda em frente a Clodoaldo Garcia, mas não estão vendo obra ali em frente à Junta do Trabalho, ao Centro de Especialidades Médicas, e nem vai ser feito pois o problema não é ali, o problema é no Santa Terezinha que nós já estamos executando e uma vez pronto – nesses próximos 90 dias – irá impactar positivamente o problema de drenagem na Clodoaldo Garcia. Muitas vezes as pessoas falam que coloca apenas em uma rua a drenagem, mas aquela drenagem vai resolver o problema do bairro inteiro, a ordem natural de caída da água vai desembocar na boca de lobo daquela drenagem que foi executada”, exemplifica.
A prefeita lembra que o que está ocorrendo na Cidade nos últimos meses não é necessariamente problema de drenagem e sim pelo fato que está chovendo acima da média, provocando alagamentos isolados em determinadas vias pavimentadas. “Isso pra mim não é problema de drenagem, é um problema de excesso de chuva, que está acontecendo no Brasil, um problema climático do mundo e às vezes você tem impactos negativos temporários. Pra mim problema de drenagem é sim o que está acontecendo no Novo Aeroporto, no Jardim Glória, o que está acontecendo por enquanto no Santa Terezinha e no Parque São Carlos, pois as abras ainda não estão prontas. Agora choveu e alagou uma rua asfaltada no centro da cidade por meia hora, essa água não entrou nas casas ou apenas impediu temporariamente a passagem por meia hora, aí não tem drenagem que resolva”, reconhece.