Todos os anos são notificados, em média, 40 novos casos de Aids em Três Lagoas. Somente em 2009, até o final deste mês, o número somava 46.
No total dez pessoas morreram na Cidade. Desde 1992, mais de 600 pacientes passaram pelo DST/Aids.
Os números mostram parte da realidade, e para tentar diminuir tanto o contagio quanto o preconceito, a Secretaria de Saúde, por meio do DST/Aids, lançou a campanha “Dê um beijo. Vale à pena” em alusão ao Dia Mundial da luta contra a AIDS.
As ações referentes à data começaram ontem (30), com a visita do Grupo Teatral Identidade (UFMS) às escolas e Unidades Básicas de Saúde. Os integrantes distribuíram folders e preservativas em troca de beijos e abraços. Hoje pela manhã, a equipe distribui o kit em três pontos da Cidade: na avenida Rosário Congro, em frente ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, no cruzamento da avenida Ranulpho Marques Leal com a rua Egidio Thomé e no cruzamento da avenida Filinto Muller com a avenida Capitão Olinto Mancini.
Durante a tarde, a ditribuição do material acontece nas lojas do comércio. Até o final do dia, mas de 20 mil kits serão entregues e mais de 60 mil preservativos distribuídos.
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De acordo com a coordenadora do programa DST/Aids, Alexandra Muniz de Souza, o objetivo da campanha é diminuir o preconceito e a discriminação. “Nós estamos pedindo ações e gestos simples como beijos e abraços. Esta foi uma maneira encontrada para humanizar a Campanha. Abordamos as pessoas individualmente para que elas saibam que esse tipo de carinho faz toda a diferença. Precisamos que elas [pessoas] sejam mais humanas”. ação é da prefeitura e conta com o apoio do Gae Vida, Rotaract, UFMS, Grupo Espírita A Candeia e voluntários.
DADOS
A coordenadora enfatiza que embora a última informação divulgada em mídia nacional tenha sido de redução nos casos de contaminação a doença ainda existe. “Nos anos anteriores tivemos uma explosão de casos e agora eles diminuíram em 17%. Isso é algo natural já que ao longo dos anos todo o país tem trabalhado com campanhas e ações. O que vale enfatizar de tudo isso que é diminuiu, mas não deixou de existir. A prevenção e os cuidados devem ser mantidos”.
Alexandra também enfatizou que a faixa etária mais atingida é vai dos 30 aos 40 anos. “Em Três Lagoas apenas um bebe faz o tratamento. O numero de idosos com Aids também aumentou, mas isso se deve ao envelhecimento dos nosso pacientes. Geralmente só diagnosticamos a doença depois dos 20 anos. Menores de idade sabemos quando as adolescentes ficam grávidas e temos que realizar o exame”. s interessados em fazer o teste de HIV podem procurar as Unidades de Saúde. A coordenadora explica que não é preciso fazer jejum, nem passar por médicos. A coleta de sangue é feita na hora e o resultado sai em 30 dias.
