A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) reuniu-se com representantes do Governo do Estado para solicitar que os funcionários administrativos das escolas públicas tenham reajuste salarial de 17%. A categoria reivindica que os servidores que concluíram o curso de profissionalização para os funcionários – Profuncionário – recebam como salário-base um piso de R$ 1.471.
De acordo com o presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli, para que os salários dos administrativos fossem equiparados hoje ao piso nacional, seria necessário o aumento imediato de 51%, o que é impraticável. Por isso, a proposta é de que o reajuste seja feito em três anos, dividindo esse percentual. “A decisão final é do governador André Puccinelli (PMDB). O governo recebeu nossa proposta. Agora, vai fazer o estudo de impacto financeiro e nos chamar. Nesse período, vamos percorrer o interior para discutir com as 13 regionais nossas reivindicações”, explicou.
Botareli destacou que, caso seja concedido o aumento de 5% que vem sendo anunciado pelo governo, grande parte do funcionalismo vai ter vencimentos abaixo do mínimo. “Por lei não é permitido, mas o Executivo pode fazer um abono para complementar. Entretanto, esse abono prejudica os servidores pois não incide sobre a carreira e tem efeito cascata, uma vez que faz com que eles percam o poder aquisitivo, o que prejudicará inclusive o comércio”, afirmou.