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Três Lagoas

Três regiões da cidade correm risco de surto de dengue

Nas microáreas, o Lira apontou índices seis vezes superior ao aceitável

Em 2004, rebanho da cidade era de 957,1 mil cabeças -
Em 2004, rebanho da cidade era de 957,1 mil cabeças -

O Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (Lira), divulgado na última terça-feira, mostra que pelo menos três bairros da cidade estão com o índice de infestação predial do mosquito transmissor da dengue considerado endêmico e sob risco de surto. Conforme o extrato número quatro, a localidade classificada como C, no bairro Nossa Senhora Aparecida – próxima à igreja do Nossa Senhora Aparecida -,  que corresponde também à parte do Nossa Senhora das Graças e do Santa Rita, obtiveram um índice de infestação predial de 6.6%.

O índice é seis vezes superior ao recomendado como satisfatório pelo Ministério da Saúde (abaixo de 1%). De 1 % a 3,9% o índice representa situação de alerta. Acima de 3,9 há risco de surto. A região B do bairro Santa Luzia, nas proximidades da praça e do DOS, também apresentou índice preocupante: 6.2% de infestação. A região A do bairro JK, que compreende parte dos bairros Vila Nova, Vila Alegre, Vila Piloto e Distrito Industrial, apresentou um índice de 4.4%.

De acordo com dados do Lira, na microárea classificada como C, no Nossa Senhora Aparecida, existem 649 imóveis. Desses, 15 receberam a visita dos agentes. Entre os que foram visitados, em apenas um foi encontrado o foco do mosquito transmissor da dengue. O número de imóveis que deve ser visitado é determinado pelo Ministério da Saúde, através de um sistema de sorteio.

A microárea, classificada como B, do Santa Luzia, é composta por 39 quarteirões, o que corresponde a 985 imóveis. Desses, 32 foram visitados. Em duas residências foram encontrados focos do Aedes Aegypti. Já a região A do bairro JK é composta por 42 quarteirões e compreende 844 imóveis. Desses, 22 foram vistoriados e em uma residência foi encontrado o foco do mosquito transmissor da doença.  O Ministério da Saúde prevê que, em cada imóvel visitado na microárea com número abaixo de 2,5 mil residências, o agente “pule” uma casa. Acima de oito mil, o trabalho é feito em uma casa e pulam-se quatro imóveis.


GERAL

O índice de infestação predial de Três Lagoas ficou em 1,2%. Ao todo, 1.900 imóveis foram visitados em Três Lagoas. Desses, em 22 foram encontrados o foco do mosquito transmissor da dengue. Para chegar ao índice geral, é contabilizado o número de casos positivos, o qual é multiplicado por 100 mil habitantes e depois dividido pelo número de imóveis que deveriam ser visitados. Esse cálculo representa 1.15%, mas o programa do Ministério da Saúde trabalha por aproximação. Por isso, o índice da cidade é de 1.2%. O número ainda deixa Três Lagoas em estado de alerta.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o índice de 6.6% registrado em uma região da cidade faz com que Três Lagoas fique sob situação de risco. O número é considerado altíssimo pelo setor de Endemias do Estado, pois existe a possibilidade da proliferação do mosquito da dengue para outras regiões da cidade.

Por esse motivo, a Secretaria Municipal de Saúde tem intensificado os trabalhos, além de realizar o pós-Lira nas microáreas que apresentaram índice alto. Em alguns bairros de Três Lagoas, não foram constatados focos do mosquito transmissor. Em virtude das ações desenvolvidas no município, houve uma redução no índice geral em comparação ao último levantamento do Lira, que havia constatado 3,5%.