Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Turma do presídio forma-se em panificação

Na segunda-feira, um novo grupo iniciará os estudos

Alunos fazem bolos e pães na padaria da unidade -
Alunos fazem bolos e pães na padaria da unidade -

O Presídio de Segurança Média de Três Lagoas (PSM-TL) formou ontem a primeira turma do projeto de curso de panificação, com duração de 80 horas. Na segunda-feira, um novo grupo iniciará os estudos. De acordo com o diretor da unidade, Claudiomar Suszek, ao todo, são cinco turmas com 20 internos cada. “Eles foram divididos por conta do espaço da nossa padaria. Não era possível atendê-los todos de uma só vez”, disse. A previsão é de que o curso seja finalizado em setembro deste ano.

O projeto foi elaborado pelos governos estadual e federal. Segundo Suszek, foram instalados maquinários industriais, como fornos e batedeiras na padaria. Os internos puderam aprender a fazer pães, salgadinhos e bolos de confeiteiro. Após o encerramento das aulas, a padaria continuará instalada na unidade a fim de atender aos próprios presidiários. Suszek, porém, não descarta a possibilidade de firmar parceria com instituições para que os pães de sal sejam fornecidos.

O diretor destacou que o objetivo do projeto é qualificar os detentos para que eles possam conquistar uma vaga de emprego após cumprirem a pena. Ele destacou ainda a importância de eles estarem preparados para o mercado, visto que a cidade cresce num ritmo acelerado e bastante competitivo. “Percebemos que faltam profissionais preparados para trabalhar em padarias, tanto que foi difícil encontrar um instrutor para dar o curso”, disse. Todos os alunos receberão certificados que poderão ser apresentados no mercado de trabalho.

OPORTUNIDADE
Para Michel Hernandes da Silva, 22 anos, preso há um ano e quatro meses, a oportunidade de aprender uma nova profissão é válida. Ele disse que pretende pôr em prática tudo que aprendeu após ganhar sua liberdade. “Poderei arrumar um emprego e ganhar minha vida de forma digna”, disse.

Ronaldo de Oliveira Costa de 33 anos, que cumpre pena há cinco anos, agradeceu a direção do presídio pela oportunidade de se tornar qualificado para o mercado de trabalho. “Sinto que foram abertos novos horizontes para a minha vida. Poderei segui-los de uma maneira bem diferente de antes”, destacou. “Por muitas vezes, não tivemos oportunidade de conquistar um emprego ou consolidar uma profissão. Agora, é diferente, pois somos profissionais”, completou Helton Costa, de 35 anos, preso há três meses.