O Vale Universidade, criado há quatro anos pelo governo do Estado, vem transformando a vida de centenas de estudantes. Antes da criação deste benefício, famílias de baixa renda viviam o drama de garantir a educação de seus filhos somente até o nível médio. Hoje, são 1.120 universitários (incluindo o Vale Universidade Indígena) que contam com esta importante ferramenta social, que impulsiona a qualificação profissional e concretiza a realização de um sonho.
Além de auxiliar financeiramente os que não têm condições de bancar seus estudos universitários, o programa dá oportunidade de garantir capacitação profissional por meio dos estágios em funções importantes dentro do Poder Legislativo, Judiciário e Executivo, além de ONGs.
Em dezembro de 2007, quando o governador André Puccinelli em seu primeiro mandato criou este benefício social, com ajuda da equipe da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), ele procurou estabelecer normas com requisitos básicos e rígidos para atender aqueles que, realmente, enfrentavam uma barreira econômica para continuar com seus sonhos. O objetivo foi sempre atender jovens que desejavam ser professores, advogados, médicos, administradores, dentistas, entre outras profissões, mas não tinham condição financeira para arcar com seus estudos.
O auxílio do Vale Universidade beneficia universitários de 75 municípios, oito distritos e dois assentamentos de Mato Grosso do Sul. Por ano, o Estado investe cerca de R$ 6,8 milhões neste programa. Este benefício social, em dezembro de 2009, foi transformado em lei. Desta forma, independente da mudança de governos, esta conquista dos universitários vai ser mantida.
Triagem
No caso do Vale Universidade o acadêmico recebe uma ajuda de até um salário mínimo para custear seus estudos. A Setas criou um software específico para monitorar os interessados neste benefício social, com o objetivo de facilitar a triagem e atender realmente aqueles que mais necessitam. Há um processo de inscrição online no início de cada ano para que o candidato ao benefício social se inscreva. Após a inscrição é feita a classificação por renda, por meio do sistema informatizado.
Este ano, cerca de 7,5 mil universitários se inscreveram interessados no Vale Universidade e Vale Universidade Indígena. Para disputar o benefício todos apresentaram uma série de documentos, visando comprovar sua condição social. Assistentes sociais visitam os endereços para comprovar a real situação econômica. Somente recebem o benefício, aqueles que residem há mais de dois anos no Estado. Hoje só recebe o benefício quem possui renda individual de R$ 950,00 ou R$ 2.000,00 de renda familiar.
No Vale Universidade, o governo paga 50% do custo da mensalidade, a instituição de ensino contribui com 20% e o universitário entra com 30%. O limite do auxílio é um salário mínimo. Todos os beneficiários fazem estágios em repartições públicas com carga de horária de 20 horas semanais. Já no caso do Vale Universitário Indígena cada estudante recebe seu benefício social para ajuda de custo, uma vez que todos estudam na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.
A Setas/Suproes repassa os recursos financeiros às faculdades particulares conveniadas ao Vale Universidade e, aos alunos que estudam em instituições públicas – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). O benefício é pago com o valor equivalente ao desconto concedido nas universidades particulares.
Atualmente, a credibilidade do trabalho realizado pela equipe Setas/Suproes é reconhecido nos órgãos públicos, privados e ONGs. Este ano ocorreram mais de 5 mil solicitações de repartições desejando contar com a participação de um estagiário do Vale Universidade, incluindo o Comando Militar do Oeste, Polícia Federal e Tribunal de Justiça, além das prefeituras municipais.