A Embrapa Solos, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), sediada no Rio de Janeiro, concluiu este mês a segunda etapa do Zoneamento Agroecológico de Mato Grosso do Sul (ZAE/MS), o que equivale a 85 mil quilômetros quadrados (km²) ou 50% da área total do Estado, cobrindo 33 municípios.
Mato Grosso do Sul é o primeiro Estado brasileiro a fazer um zoneamento desse tipo, disse à Agência Brasil o pesquisador da Embrapa Solos Nilson Rendeiro, coordenador do trabalho.
Elaborado a pedido do governo estadual, que investiu R$ 600 mil nas duas primeiras fases do projeto, o zoneamento agroecológico servirá de base para o planejamento territorial, no sentido de diversificar os cultivos agrícolas. As atividades dominantes em Mato Grosso do Sul, atualmente, são a pecuária e o plantio da soja.
“O zoneamento orienta o uso sustentável da terra”, frisou Rendeiro. “O trabalho é focado para dar maior opção para o agricultor e permitir planejar todo o Estado”. Segundo o pesquisador, o levantamento feito até agora já permite visualizar as áreas de maior potencial para recursos naturais e as áreas de maior restrição ambiental.
Um dos pontos da pesquisa foi o levantamento de aptidão para mais de 15 culturas, incluindo, além da soja, abacaxi, banana, eucalipto, girassol, citros, goiaba, seringueira e milho, entre outras.
O zoneamento completo, abrangendo os 78 municípios do Estado, depende ainda de negociação com o governo estadual, informou Nilson Rendeiro.
O Maranhão já demonstrou interesse em encomendar à Embrapa Solos um zoneamento agroecológico semelhante. Contatos já foram iniciados pelo governo maranhense.