FÁBRICA DE TALENTOS

“Aprender virou hábito, não evento”: empresas ampliam estratégias para qualificar trabalhadores

Neusa Künzler, da C.Vale, diz que formação contínua é decisiva para manter competitividade e que áreas de RH passam a atuar como centros de desenvolvimento

Karina Anunciato

17/11/2025 11:06

Neusa Kunzler (Foto: Captura de Tela)

A busca por qualificação contínua se tornou prioridade nas empresas e peça essencial para manter equipes preparadas diante de mudanças rápidas no mercado de trabalho. A avaliação é de Neusa Maria Kunzler, Business Partner da C.Vale em Mato Grosso do Sul, que participou de entrevista no quadro Fábrica de Talentos da Rádio Massa FM.

Com experiência de quase 14 anos na área de educação corporativa, ela afirma que o aprendizado deixou de ser pontual. “Aprender não é mais um evento, é um hábito. Quem aprende, desaprende e reaprende consegue se reinventar, e assim permanece relevante”, disse.

Segundo Neusa, empresas têm adotado diferentes modelos para criar oportunidades de desenvolvimento — de parcerias com Senai, Sesi e associações comerciais a consultorias especializadas e departamentos internos de treinamento. Ela destaca o avanço das chamadas universidades corporativas, que hoje vão além dos cursos obrigatórios e atuam diretamente nas necessidades estratégicas de cada negócio.

Na C.Vale, exemplifica, a universidade corporativa existe desde 2009 e tem foco na formação de lideranças e profissionais considerados estratégicos. Entre as ferramentas disponíveis estão cursos presenciais e online, mentorias, sessões de coaching, chatbot para capacitação via WhatsApp e convênios com instituições de ensino.

Neusa reforça que o maior desafio atual está no ritmo acelerado das transformações. “A aprendizagem hoje é ágil, digital e centrada no indivíduo”, afirma. Ela cita falta de tempo, resistência a mudanças, excesso de informação e dificuldade de filtrar conteúdos como barreiras comuns tanto para empresas quanto para trabalhadores.

Entre as tendências, aponta a personalização, o microlearning e o uso da inteligência artificial no apoio às atividades diárias. “Quem não souber usar a IA está perdendo uma oportunidade de aprender de forma mais rápida e eficiente”, diz.

Acompanhe a entrevista completa:

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