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Pente-fino

Carta ordenando ataques a policiais em MS é encontrada na Gameleira

Conhecido por abrigar detentos do PCC, presídio está em clima tenso desde segunda-feira, em motim

Em meio a uma crise que resultou em motim de presos ligados à facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital), foi encontrado no presídio da Gameleira – unidade também conhecida como Supermáxima – uma carta que seria enviada para membros da facção que estão fora do presídio com ordens para atacar policiais no Estado.

O clima no complexo localizado na saída para Sidrolândia vem tenso desde segunda-feira (30), quando no fim da tarde começou um motim de presos no local. Há relatos também de tensão no Complexo de Segurança Máxima localizado no Jardim Noroeste.

Após a contenção do motim, um pente-fino foi realizado na unidade e, com o preso Guilherme Azevedo dos Santos, de 29 anos, foi encontrado uma carta na costura de seu short com ordens para ataques a batalhões da PM (Polícia Militar) e delegacias de Polícia Civil.

Além disso, o texto ensinava montar bombas caseiras para serem atidados nos prédios públicos ligados à segurança pública estadual. O caso foi atendido pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), que registrou a ocorrência.

Guilherme é conhecido como "Gibi" e "Execução", sendo considerado um dos líderes da facção paulista em Mato Grosso do Sul. Ele cumpre pena por tráfico, organização criminosa, tentativa de homicídio e receptação, e não quis comentar a situação ao ser detido.

Em nota, o Dracco fez um breve comentário sobre o caso e afirmou que a investigação seguirá sob sigilo e, assim, mas detalhes não devem ser fornecidos. "Tanto pela sensibilidade dos fatos quanto para evitar prejuízos ao avanço das investigações, o caso seguirá em sigilo e não haverá pronunciamento oficial quanto ao mérito dos trabalhos", destaca.