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Suspensão Do Piso

Entidades da enfermagem se unem para mobilização nacional

Reunindo representantes de vários municípios a movimentação será na sexta-feira (09), a partir das 10h, na Praça do Rádio em Campo Grande

Reunindo representantes de vários municípios a movimentação será na sexta-feira (09), a partir das 10h, na Praça do Rádio em Campo Grande - Imagem ilustrativa
Reunindo representantes de vários municípios a movimentação será na sexta-feira (09), a partir das 10h, na Praça do Rádio em Campo Grande - Imagem ilustrativa

Após a suspensão do novo piso salarial da enfermagem, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em 4 de agosto deste ano, pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STF), Luís Roberto Barroso, conselhos, federações e demais entidades ligadas ao setor estão se movimentando para recorrem da decisão de forma jurídica.

Está marcada para sexta-feira (09), uma mobilização nacional em todos os estados do país, afim de chamar atenção para o pedido da classe, de que a decisão seja revogada. Em Campo Grande o protesto ocorrerá a partir das 10h, na Praça Ary Coelho.

Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Siems), Lázaro Antonio Santana, durante a mobilização haverá atendimento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para esclarecimento dos direitos da classe, bem como representantes de vários municípios do estado.

Lázaro Santana, presidente do Siems.  Foto: Arquivo pessoal

“E ali a gente vai já mostrar, apontar alguns caminhos que nós vamos adotar, que não serão apenas as mobilizações, né, mas questões jurídicas também serão adotadas. Como o pedido de derrubada dessa liminar o quanto antes por parte dos sindicatos”, contou.

Com a suspensão do piso, que passaria a valer a partir de 2023 para trabalhadores da rede pública, muitos profissionais seguirão em rotinas de trabalho exaustivas e com baixa remuneração.

“Muito profissionais estão com um salário mínimo. Nós temos uma dupla jornada, tripla jornada, para conseguir ganhar um salário que seja razoável para manter as nossas famílias. Então assim, é um salário justo para os trabalhadores, que as empresas podem arcar com esse custo porque recursos eles recebem, não só da União, mas do estado e do município”, desabafou Lázaro.

A principal justificativa para a suspensão do piso foi a alegação da Conselho Nacional de Saúde (CNS), junto a hospitais e estabelecimentos de saúde, de que não há dinheiro suficiente para pagar a enfermagem, podendo gerar insustentabilidade financeira, demissão em massa, diminuição de leitos e piora da prestação de serviços.

Ângelo Macedo, representante da enfermagem do município.  Foto: Arquivo pessoal

Segundo o Angelo Evaldo Macedo, representante da enfermagem do município, em nenhum momento durante a aprovação do piso, as entidades ligadas ao setor se prontificaram a debater sobre a verba necessária para o pagamento.

“De forma alguma isso iria implicar em demissões ou prejuízos pra essas entidades, sejam elas públicas ou privadas. Esperou que tudo transcorresse, fosse aprovado, para depois vir aí uma liminar suspendendo o que nos é de direito”, destacou.

Em comunicado emitido nesta manhã, o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS) disse que na segunda-feira (06) houve uma reunião extraordinária de presidentes dos Corens com a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos, sobre a suspensão da lei do piso salarial da enfermagem. A presidente alegou que conversou com o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, em reunião onde foi apresentada, pelo Governo Federal, uma planilha com os recursos repassados aos municípios para custear a implementação do piso.

Segundo a nota, o dia foi de tratativas com o ministro Roberto Barroso, que se reunirá com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco nesta terça-feira. O Cofen também vai solicitar uma reunião com o ministro.

Confira mais informações no vídeo abaixo: