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Dados da Delegacia Geral da Polícia Civil do estado (DGPC), mostram que de janeiro a maio deste ano, ou seja, em cinco meses 19 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul. O número é semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado, quando 17 mulheres foram assassinadas. Perto de completar 49 anos, a pedagoga Ceurecy Santiago viveu um verdadeiro terror durante o período em que foi casada no interior do Paraná.
A perseguição do ex-marido deixou traumas e marcas pelo corpo. Assim que chegou em Campo Grande com os 3 filhos pequenos, Céu como é conhecida, conseguiu se reerguer e com o dinheiro do acerto que recebeu da escola onde trabalhava, comprou uma casa aqui na capital. Um recomeço que foi interrompido pela violência.
“Não tendo outra opção eu fugi do Paraná e vim para Campo Grande. Cinco anos depois ele descobriu e veio me matar. Não tive apoio do poder público e busquei ajuda sozinha. Depois de restaurar minha vida, porque fiquei quase inválida, fui atrás de justiça. Consegui processar ele e colocá-lo na cadeia. Por conta da situação, fundei a ong para ajudar as mulheres que passam pela mesma situação”, explica.
A realidade, traz um alerta para que as autoridades reforcem políticas públicas de combate à violência contra mulher. Nesta quarta-feira (1), a Subsecretaria Estadual de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM/MS) lançou a Campanha Estadual de Combate ao Feminicídio para incentivar as denúncias, os mecanismos legais de proteção à mulher em situação de violência e divulgar os serviços prestados pelo poder público.
Segundo o último mapa da violência no estado, em 2021 foram registrados 17.856 boletins de Ocorrência por violência doméstica e familiar. Dentre os registros, mais da metade, 55% (9.824) foram de ameaça e 25,4% (4.546) de lesão corporal. Dos 34 feminicídios ocorridos no ano passado, 32 aconteceram em municípios do interior.
Outros 94 casos de tentativas de feminicídio também foram registrados. Segundo dados preliminares divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, quatro mulheres, são mortas a cada 7 horas no Brasil, em média. Confira o levantamento completo sobre o mapa do feminicídio no link FEMINICÍDIOMAPA