
A paralisação do transporte coletivo em Campo Grande pode gerar prejuízo estimado em R$ 10 milhões ao comércio e ao setor de serviços, segundo avaliação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
O impacto ocorre em uma das semanas mais importantes do calendário varejista, considerada decisiva para o desempenho das vendas de Natal.
A greve dos motoristas do Consórcio Guaicurus começou na segunda-feira (15) e segue sem previsão de encerramento. Desde o início do movimento, ônibus deixaram de circular, dificultando o deslocamento de trabalhadores e reduzindo o fluxo de consumidores nas principais regiões comerciais da cidade.
De acordo com a CDL, a dificuldade de acesso aos locais de trabalho e aos centros de compra tem reflexo direto no faturamento dos estabelecimentos, especialmente no comércio de rua, que depende da circulação diária de pessoas.
“Estamos falando de um impacto expressivo em um momento crucial para o varejo, quando muitas empresas contam com esse período para equilibrar as contas do ano”, afirmou o presidente da CDL Campo Grande, Adelaido Figueiredo.
Paralisação e impactos na cidade
A greve atinge cerca de 110 mil usuários do transporte coletivo, segundo estimativas do setor. Aproximadamente mil trabalhadores aderiram ao movimento, que foi motivado por atrasos no pagamento de salários e benefícios, como vales.
Em decisão judicial, foi determinada a circulação mínima de parte da frota, com aplicação de multa diária em caso de descumprimento. Mesmo assim, os motoristas decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado, enquanto aguardam novas rodadas de negociação.