Exatos 48 dias após a queima de uma peça do tomógrafo do Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão (HCAA), a instituição ainda aguarda a liberação dos recursos para a compra da nova peça. A reposição do equipamento, que custa mais de R$ 600 mil, tinha a previsão mínima inicial de 30 dias, porque precisaria ser importada dos Estados Unidos.
Conforme o HCAA, desde o dia 5 de maio foi assinado um documento junto a autoridades públicas, que agora seguem os trâmites administrativos/burocráticos para a liberação da verba que será destinada para aquisição e conserto do equipamento e vem de uma cooperação entre o município e o estado.
Conforme a administração do Hospital, se o equipamento não for consertado até o fim deste mês, a partir de junho haverá acúmulo de pacientes que não poderão ser atendidos. "Se não depositarem neste mês e postergar muito provocará acúmulo", afirmou em nota.
As tratativas para a compra da peça queimada dependem agora do deposito do recurso por parte da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
“De acordo com as últimas informações repassadas para a Administração do HCAA pela Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), a documentação referente à liberação da verba estaria agora na SES para os trâmites finais”, informou a administração do Hospital em nota à Rádio CBN
A expectativa, conforme prometido pela Sesau ao HCAA é que os recursos sejam depositados na próxima semana. O Hospital disse que já negociou com a empresa Phillips, marca da peça queimada, e foi informado que a peça está à disposição.
“Assim que liberados os recursos a empresa deverá enviá-la para o Mato Grosso do Sul, com prazo estimado de 10 dias úteis (envio e instalação)”, completou.
Atendimento à população
Desde a queima da peça do tomógrafo cerca de 40 tomografias deixam de ser realizadas por dia no HCAA, isso porque o equipamento era o único disponível para o atendimento de pacientes oncológicos. Em média, segundo a administração do Hospital, eram realizados 900 exames/mês com o tomógrafo próprio.
Atualmente, as tomografias continuam sendo realizadas em parceria com o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, o Hospital Regional e a Santa Casa de Campo Grande, além de exames adquiridos na rede privada para tentar suprir a alta demanda dos pacientes oncológicos. Sobre a quantidade de exames realizados atualmente, o HCAA mantém a quantidade, "Com esse esforço conjunto estão conseguindo normalizar as tomografias, suprindo as demandas momentaneamente", informou.