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Instituto Taquari Vivo e Embrapa Solos debatem a conservação do solo e água em propriedades rurais

Seminário online reuniu representantes de entidades ligadas ao setor para debater a conservação do solo e da água

Erosão no cerrado - (Foto: Embrapa Solos)
Erosão no cerrado - (Foto: Embrapa Solos)

Conservação do solo e da água na propriedade rural, esse foi um dos temas centrais do seminário promovido pela Embrapa Solos nesta quarta-feira (07), que contou com a participação do diretor do Instituto Taquari Vivo, Renato Roscoe. Durante a apresentação o diretor pontuou sobre as ações realizadas pelo instituto para a recuperação das áreas degradadas na bacia do rio Taquari e o quão os trabalhos vem avançando na região.

Segundo Roscoe, é necessário que se coloque em pauta, o processo de descapitalização que dificulta os trabalhos de conservação. “Quando se tem pecuária extensiva envolvida há um processo muito forte de falta de capacidade financeira desses produtores, então eles precisam de uma articulação externa, de uma ajuda externa para que as ações aconteçam”.

Durante a apresentação, o diretor do Instituto Taquari Vivo, destacou a participação do programa “Pró Solo”, e deu ênfase no quão positiva a parceria com a AGRAER, SENAR e Governo do Estado.

“Nós entramos com a parte de projetos e organização de todas atividades que têm sido feitas na mobilização dos produtores, junto com a AGRAER e SENAR. Há sempre um processo primeiro de articulação institucional, depois um processo de articulação junto com os produtores em reuniões, oficinas e oficinas de treinamento para plantio, confecção de cercas, etc.”

Já no final do Seminário, Roscoe, citou que a solução pode estar na parceria público privada. “Essa intersecção entre iniciativa privada e poder público pode ajustar esse processo. Então eu vejo com muito bons olhos consórcio. Agora as políticas talvez, além dessa articulação, tem que se conversar, tem que criar esses mecanismos de forma mais clara e mais flexível para que as interações aconteçam de forma mais produtiva”.

Somente no ano de 2022, cerca de 28 propriedades rurais mais um assentamento rura foram atendidos na região da bacia do alto Taquari, com a recuperação de mais de mil hectares.

Para o organizador do evento e pesquisador da Embrapa Solos, Aluísio Granato de Andrade, o intercâmbio de informações é fudamental para a implementação de uma gestão real dos recursos naturais. 

“Este é um projeto nacional no qual esperamos contar com a participação de diferentes segmentos da sociedade. Quanto maior o número de pessoas, massa crítica, envolvida na gestão sustentável de solo e água melhores propostas podem acontecer, pretendemos fazer o intercâmbio de experiências exitosas em conservação de solo e água”, finalizou.