
Em entrevista à Massa FM, o deputado estadual Junior Mochi (MDB) fez um balanço do mandato, destacou ações voltadas à saúde e defendeu a lei de sua autoria que obriga planos de saúde a avisarem previamente usuários com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sobre suspensão ou cancelamento de serviços. O parlamentar também comentou o cenário político para 2026 e criticou a possibilidade de a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disputar o Senado com apoio do presidente Lula.
Segundo Mochi, a área da saúde concentra a maior parte das demandas do gabinete. Ele afirma ter estruturado parcerias com hospitais como São Julião e Evangélico para ampliar atendimentos de municípios do interior.
“Não posso furar fila, temos que respeitar o sistema, mas trabalhamos para dar fluidez às demandas”, afirmou.
Ao longo do ano, segundo ele, cerca de 2,5 mil pessoas procuraram presencialmente o gabinete, resultando em aproximadamente 800 atendimentos efetivos.
Lei de Proteção e Direitos do Autista
Sobre a lei que protege famílias de pessoas com TEA, Mochi diz que o problema se agravou após a pandemia, quando clínicas e profissionais passaram a se descredenciar de planos em busca de maior remuneração particular. “O que não pode é o plano não comunicar o usuário. Ele só descobre na consulta”, disse. A norma prevê fiscalização pelo Procon, com base no Código de Defesa do Consumidor.
Eleições de 2026 e Cenário Político
Questionado sobre as eleições de 2026, o deputado classificou como “incoerente” a hipótese de Simone Tebet concorrer ao Senado com apoio de Lula. Para ele, a posição confronta o acordo firmado entre o MDB e o governador Eduardo Riedel (PSD), considerado por Mochi como um governo de centro-direita. “No Estado, nunca tivemos aliança com o PT. Criaria problema para todos nós”, afirmou.
O parlamentar também avaliou que a eventual candidatura do ex-governador André Puccinelli a deputado estadual tende a fortalecer a sigla. “É uma candidatura que puxa a chapa. Nossa expectativa é aumentar a bancada de três para quatro ou cinco deputados”, disse.