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Na capital, cesta básica compromete 65% da renda mensal

O tomate foi o item com alta mais expressiva em Campo Grande, onde os empregados tiveram que trabalhar mais de 133 horas para pagar uma cesta

O tomate foi o item com alta mais expressiva em Campo Grande - Foto: Arquivo CBN CG
O tomate foi o item com alta mais expressiva em Campo Grande - Foto: Arquivo CBN CG

Com a segunda alta mais expressiva entre as capitais brasileiras, Campo Grande registrou aumento de 3,17% no valor da cesta básica em setembro, conforme balanço do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que registrou aumento em 12 das 17 capitais nacionais.

A capital sul-mato-grossense ficou atrás somente de Porto Alegre (3,34%), seguida por Vitória (3,14%), Rio de Janeiro (3,10%) Curitiba (2,59%) e Goiânia (2,59%). O preço do item em Campo Grande chegou a R$ 733,65, sendo o quinto mais caro.

Entre outubro de 2022 e outubro de 2021, todas as capitais tiveram alta de preço, sendo que, ao longo deste ano, a capital apresentou a maior variação acumulada no custo da cesta básica, chegando a 14,39%. O tomate foi o item com alta de preço mais expressiva, 35,70%, vendido ao preço médio de R$ 5,55. Entretanto, foi o fruto que registrou a retração mais significativa (-19,10%) ao longo de 12 meses.

Segundo o DIEESE, uma família constituída por quatro pessoas teve de desembolsar R$ 2.200,95 para custear o item em Campo Grande, sendo necessária uma jornada de trabalho de 133 horas e 10 minutos. O valor significa um comprometimento líquido de 65,44% da renda mensal, baseada em um salário mínimo.

A nível nacional, pegando como base a cesta básica mais cara em outubro, que foi a de Porto Alegre, no mês passado o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.458,86, ou seja, quase mais que cinco vezes o mínimo de R$ 1.212,00, o que representa 58,78% do rendimento mensal. O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 119 horas e 37 minutos em outubro, quase 2h a mais que o registrado em setembro, de 118 horas e 14 minutos.