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Operação flagra 30 pessoas em trabalho escravo na fronteira com o Paraguai

Dois homens, suspeitos de aliciarem os trabalhadores foram presos durante fiscalização

Cozinha e outros cômodos da casa estavam bastante sujos - Foto: Divulgação MPT-MS
Cozinha e outros cômodos da casa estavam bastante sujos - Foto: Divulgação MPT-MS

Dois homens envolvidos com aliciamento e prática de trabalho análogo à escravidão, foram presos pela Polícia Federal, durante fiscalização na região de Iguatemi, sul do estado. A ação, em parceria com o Ministério do Trabalho (MT-MS), flagrou 30 paraguaios em condições precárias numa lavoura de mandioca. O flagrante foi feito na última sexta-feira (9), porém as informações só foram divulgadas hoje (12).  

Também foi constatado que os trabalhadores não tinham a mínima infraestrutura para moradia. Além das condições abusivas de trabalho, a remuneração deles era paga por meio de “vales” e os valores eram gastos em um estabelecimento comercial que pertencia ao grupo criminoso. A situação gerou um vínculo de dependência dos trabalhadores, impedindo ou dificultando o retorno deles ao Paraguai.

A ação também contou com o apoio da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul e da Assistência Social de Iguatemi/MS. O auto de prisão foi lavrado na Delegacia de Polícia Federal de Naviraí/MS. Os envolvidos foram liberados após pagamento de fiança no valor de R$ 50 mil, imposta pela Justiça Federal. 

Eles devem responder pelo crime de submeter indivíduos à condição análoga à de escravo, sujeitando-os a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, submetendo-os às condições degradantes de trabalho, restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador, além da pena correspondente à violência.