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AGRO É MASSA

Preço do boi gordo deve seguir em alta até o fim do ano, aponta analista

Mercado firme em todo o país e menor oferta de fêmeas para abate sustentam valorização; arroba pode chegar a R$ 345

(Foto: Reprodução/ Acrissul)
(Foto: Reprodução/ Acrissul)

O mercado do boi gordo segue firme em todas as regiões do país e deve manter a tendência de alta até o fim de 2024, segundo o analista de mercado Ronaty Makuko, da Pátria Agronegócios. Em entrevista ao programa Agro é Massa, da Massa FM, o especialista destacou que a arroba já supera R$ 330 em São Paulo e pode alcançar R$ 345 até janeiro.

Ronaty Makuko

Makuko explicou que o movimento de valorização ocorre em meio à redução da oferta de animais e à firme demanda internacional, especialmente da China, principal compradora da carne bovina brasileira. “O boi está subindo e não é só no Mato Grosso do Sul. Goiás, Pará, Tocantins e Bahia também mostram preços mais altos. É um mercado firme e otimista para o curto e médio prazo”, disse.

Mesmo com rumores de uma investigação chinesa sobre fornecedores de carne, o analista acredita que o impacto será limitado. “O Brasil precisa da China e a China precisa do Brasil. Essa relação é consolidada”, afirmou.

Outro fator de atenção é o mercado de reposição, com valorização expressiva do bezerro, que acumula alta de até 40% em 12 meses. “O bezerro hoje custa R$ 15 a R$ 16 o quilo, e isso será precificado no boi gordo já nos próximos meses”, avaliou Macuco.

O analista recomenda que produtores usem o bom momento para planejar a venda antecipada e fazer travas na Bolsa, garantindo rentabilidade diante da alta dos custos. “O boi firme traz otimismo, mas exige gestão. O produtor precisa aproveitar o ciclo de preços e pensar no médio prazo”, concluiu.

Acompanhe a entrevista completa: