A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), fez duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos filhos, acusando-os de colocar interesses pessoais acima do país. A declaração veio após o governo de Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Isso foi atribuído à articulação internacional de Eduardo Bolsonaro e à situação judicial do ex-presidente.
Em publicação nas redes sociais, Tebet classificou a conduta da família como “traição à pátria”. Ela atacou diretamente o discurso bolsonarista que prioriza “Deus, Pátria e Família”.
“Sabe quem tem CORAGEM e AMA mesmo o Brasil? Nosso povo, que cria seus filhos com honestidade, amor à família e à pátria. Não quer a PAZ quem defende golpe e coloca seus interesses familiares acima da PÁTRIA”, escreveu a ministra, em tom crítico ao lema usado por Bolsonaro em campanhas eleitorais.
Críticas e Repercussões Políticas
As declarações de Simone ocorrem após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele determinou monitoramento eletrônico e restrição de acesso às redes sociais para o ex-presidente. Bolsonaro havia classificado a medida como uma “suprema humilhação”, ao que Tebet rebateu:
“O tempo não trará a justiça, ela está sendo feita agora. E a JUSTIÇA não humilha ninguém – ela pune quem merece ser punido e protege o país de traidores da Pátria.”
As sanções econômicas anunciadas por Trump podem resultar em prejuízos bilionários para o Brasil. Isso afeta especialmente o agronegócio, um dos principais pilares de sustentação política de Bolsonaro. Segundo o governo federal, a ofensiva internacional liderada por Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos teria sido determinante para a reação americana.
Impacto Econômico e Alerta Político
Em meio ao cenário político e econômico, a crítica de Simone Tebet reforça o tom de enfrentamento dentro do governo. Ao mesmo tempo, ela alerta para os efeitos concretos da polarização na economia nacional.