Hoje (06) é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, importante exame responsável por detectar uma série de doenças e condições congênitas em recém nascidos. Exame já conhecido de boa parte das mães, pais e famílias no brasil, mas que nem sempre é realizado.
O teste é obrigatório por lei e tem a coleta assegurada pelo sus de forma gratuita. O exame é extremamente importante porque auxilia na identificação de diversas doenças, que se identificadas logo no início da vida, podem fazer a diferença nos índices de mortalidade infantil e principalmente no desenvolvimento saudável da criança.
Para potencializar o diagnóstico, em maio do ano passado foi sancionada a lei nº 14.154, que ampliou de 14 para até 53 grupo de doenças rastreadas pelo exame, de forma escalonada no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Uma valiosa conquista para os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Dados do Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos (Iped/Apae) de Campo Grande, revelam que a taxa de cobertura do teste não alcança 90% das crianças nascidas pelo SUS. Em 2018, a taxa chegou a 85%, ainda distante do ideal que é 100%.
O médico neonatologista e professor da Anhanguera, Walter Peres da Silva, explica como o exame é feito e a importância do diagnóstico.“O teste do pezinho é feito a partir de gostas de sangue coletadas no calcanhar do bebê e é essencial para identificar uma série de doenças metabólicas, infecciosas e genéticas, como hipotiroidismo congênito, fenilcetonúria e as hemoglobinopatias, como a anemia falciforme”.
Direito de todas as crianças, a recomendação é que o teste seja realizado logo nos primeiros dias de vida, mais precisamente entre o segundo e quinto dia de nascimento.“Não é recomendado a realização antes das 48 horas de vida, pois há a necessidade de um tempo para que as alterações hormonais e metabólicas sejam capazes de ser detectadas no sangue”, alertou.
Se não puder ser realizado no período recomendado, o exame deve ser feito em até 30 dias após o nascimento da criança, prazo máximo para que o diagnóstico seja obtido rapidamente, sem causar prejuízos a saúde do recém-nascido.
“Com o resultado em mãos, o teste do pezinho deverá ser apresentado na primeira consulta com o pediatra, geralmente entre a primeira e a segunda semana de vida. O recém-nascido que apresentar resultado positivo na triagem neonatal é encaminhado para realizar exames mais específicos com objetivo de confirmar o diagnóstico e, se indicado, já iniciar o tratamento.”, finalizou.