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TJMS eleva pena e ordena prisão imediata de condenados pela execução de Playboy da Mansão

TJMS eleva penas e determina execução imediata em caso da Operação Omertà; Gaeco/MPMS consegue afastar atenuantes e reconhecer agravantes no homicídio do “Playboy da Mansão”.

Sessão da 2ª Câmara Criminal do TJMS que elevou penas no caso Omertà.
Decisão unânime da 2ª Câmara Criminal do TJMS amplia penas e valida execução imediata em desdobramento da Operação Omertà.

A 2ª Câmara Criminal do TJMS acolheu apelação do Gaeco/MPMS e elevou as penas de três condenados por homicídio qualificado ligado à Operação Omertà. A investigação trata da atuação de uma milícia armada em Campo Grande, incluindo a atividade notória do “Playboy da Mansão”. Além disso, o colegiado reconheceu a gravidade das condutas. Afastou atenuantes aplicadas em primeiro grau e determinou a execução imediata das condenações, com base na soberania dos veredictos do Tribunal do Júri.

Foram majoradas as penas do mandante e do operador do plano de morte (“gerente”) para 21 anos e 10 meses de reclusão cada. Além disso, a do policial federal passou a 16 anos. Foram afastadas teses como a violenta emoção do mandante, pois era incompatível com as qualificadoras reconhecidas pelo Conselho de Sentença. Ademais, reconheceram a agravante do art. 62, I, do Código Penal (organização e direção da atividade criminosa) e majoraram a pena-base diante da extrema gravidade dos fatos.

O caso refere-se à execução de Marcel Costa Hernandes Colombo (31), popularmente conhecido como “Playboy da Mansão”. Ele foi morto a tiros em uma cachaçaria na Av. Fernando Corrêa da Costa, em Campo Grande. Conforme a investigação, pistoleiros foram contratados após uma desavença pessoal antiga entre a vítima e o mandante. Outro jovem foi ferido por engano durante o ataque.

Detalhes da Sentença e Envolvimento dos Réus

Em primeiro grau, o mandante e o ex-guarda civil metropolitano apontado como operador foram condenados a 15 anos por homicídio qualificado. O policial federal recebeu 8 anos e 4 meses e perda do cargo. Um quarto envolvido (também ex-guarda civil) pegou 2 anos e 6 meses em regime aberto por ocultação de arma. Agora, no entanto, as penas principais foram ampliadas conforme a decisão de 2º grau, afetando todos os envolvidos no assassinato do Playboy da Mansão.

Foi acolhida a execução imediata das condenações; o acórdão será publicado. Dada a periculosidade dos réus, o mandante e o ex-guarda que contratou os pistoleiros, em conexão com o crime do Playboy da Mansão, estão presos no Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró (RN). O terceiro réu por homicídio, que estava solto, passará a cumprir a pena.

Operação Omertà e Impacto Criminal

A Operação Omertà, deflagrada pelo Gaeco/MPMS em 2019, teve sete fases e gerou mais de 20 ações penais. Ela visou uma organização criminosa armada ligada à pistolagem, lavagem de dinheiro, exploração do jogo do bicho e corrupção. As condenações somadas beiram 300 anos de prisão, segundo balanço do Ministério Público.