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Campo Grande, 25 de abril

Fiscalização contra incêndios florestais gerou mais de R$ 33 milhões em multas

PMA desenvolve operação contra ocorrências há sete meses e tem 335 policiais empenhados

Por Rodolfo César/Giovanna Dauzacker
22/10/2021 • 16h00
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A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul aplicou mais de R$ 33 milhões em multas durante sete meses de operação contra os incêndios florestais no Pantanal. As equipes da PMA identificaram 128 infratores nas fiscalizações e também visitaram 740 propriedades para realizar monitoramento e promover orientações educativas contra a cultura do fogo.

"Felizmente as chuvas chegaram, porém alguns incêndios urbanos e rurais continuam ocorrendo, colocado por pessoas que ainda não se sensibilizaram com o problema", reconheceu a PMA, que está com a Operação Prolepse para combater o fogo principalmente no Pantanal.

Nesta sexta-feira (22), a operação completou 7 meses de deflagração, com todas as 26 Subunidades do Batalhão empenhadas, contando com 335 policiais militares ambientais. Ela está prevista continuar até o final do ano.

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"Até o momento, 740 propriedades rurais foram visitadas e funcionários e proprietários receberam informações verbais, bem como por meio de folders, sendo percorridos um total de 33.977 km de estradas e rios. Até o sexto mês tinham sido 722 propriedades orientadas e percorridos um total de 32.000 km de estradas e rios. Em cada propriedade em que as pessoas são orientadas, há o preenchimento de um questionário contendo algumas questões e o fortalecimento do compromisso daquelas pessoas em prevenir e não fazer uso do fogo", especifica a PMA, reforçando que a meta do trabalho da operação é construir uma consciência mais alerta contra a "cultura do fogo", explicou a PMA, em nota.

Os valores de multas aplicadas cresceram 188% no 6º mês da operação com relação aos primeiros cinco meses anteriores desse trabalho específico. O período mais crítico que a Polícia Militar Ambiental identificou neste ano por conta das queimadas ocorreu no primeiro semestre deste ano.

Em informações detalhadas, foram aplicadas R$ 33.885.175,72 em multas. "Esse aumento menor deveu-se ao fato de multas de valores altos aplicadas nos primeiros meses, especialmente, entre os meses de agosto e setembro, terem sido feitas em grandes áreas agropastoris e de vegetação do Pantanal incendiadas, que consequente geraram multas milionárias, conforme previsão das normas administrativas. Ou seja, áreas maiores incendiadas, valores maiores em multas", especifica a corporação.

 

Multas nas áreas urbana e rural

As autuações por incêndios urbanos, que predominaram com relação aos rurais nos primeiros quatro meses e foram ultrapassadas no quinto mês pelos rurais, aumentaram pouco nos 6º e 7º mês. Tinham sido 49 pessoas autuadas por incêndios nos perímetros urbanos por queima de vegetação em terrenos baldios e limpeza. Na área rural, esse dado subiu para 51 autuados.

"A PMA sempre se preocupou com o problema ambiental dos incêndios, pois além do alastramento do fogo colocar em risco o meio ambiente e a vida selvagen, sua dispersão de gases tóxicos que compõem a fumaça transcende os limites das propriedades, podendo causar danos irreparáveis na vizinhança. Como se percebeu que a queima da palhada da cana tem sido um dos focos dos problemas dos incêndios até o momento na operação Prolepse, a PMA tem intensificado as orientações nas empresas sucroenergéticas", explicou a Polícia Militar Ambiental.

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