Atuando como goleiro desde os sete anos de idade, Bruno Diniz, 26, decidiu encarar em 2012 uma das profissões mais complicadas: árbitro de futebol. Com isso, tornou-se um curioso e praticamente inédito caso de “goleiro-árbitro”. Há pouco mais de um mês trabalhando com o apito (fez o curso da Sejuvel no começo de maio), o atleta se diverte com a situação. “Desconheço outro caso. Não me recordo mesmo. É uma situação interessante e diferente. Mas estou gostando muito”, sorri.
As primeiras partidas arbitradas por Bruno foram no campeonato de Veteranos e, na última sexta, comandou Misto x Guaicurus, pelo estadual sub-18, onde distribuiu vários cartões. “Todos que fizeram o curso estavam cientes de que, se passassem no curso, seriam aproveitados no sub-18. Fiquei surpreso, mas tranquilo, quando meu nome estava na escala”, conta.
Em relação às críticas e ofensas que todo profissional sofre, ele garante que leva na esportiva. “É natural. Todos estão sujeitos a críticas. Mas, por estar em boa forma e ser goleiro a vida toda, tendo como obrigação observar o jogo, tenho uma boa visão periférica. Isso me ajudou muito. Não senti dificuldades”, destacou o goleiro do Três Lagoas Futsal.
OUTRO LADO
Bruno, que também é funcionário da Secretaria de Esportes, fez questão de ressaltar também que fez o curso por opção, mas que a Sejuvel sempre precisa de novos membros em seu quadro de árbitros. Agora, ele jura que passou a entender melhor os “homens de preto” do futebol. “A gente vivencia o outro lado também. É muito diferente. Jogando é outra coisa. Mas, claro, passamos a entender melhor certas atitudes dos árbitros. É até uma situação engraçada. Pois juiz sabe que em determinados momentos estamos apenas fazendo cera em campo”, salientou.
OPÇÃO FUTURA
O goleiro-árbitro garante que, no futuro, pode se especializar na nesta nova investida. “É uma opção. Mas não para agora. Por enquanto, quero jogar muito ainda. No futuro, desejo me especializar, estudar mais. Surgindo alguma oportunidade, por que não?”, encerrou.