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Jiu Jitsu: Ferramenta de inclusão social

A matéria foi enviada pelos responsáveis pelo http://blogcafeexpresso.blogspot.com/

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O Jiu Jitsu é uma arte marcial de origem um pouco incerta. Não há um consenso entre os historiadores, mais a versão mais difundida entre o meio é a de que o Jiu Jitsu teve origem no Japão. Uma outra versão, muito mais complexa, diz que o Jiu Jitsu surgiu na Índia, onde era praticado por monges budistas. Segundo essa versão, o Jiu Jitsu foi levado então para a China, e depois para o Japão, por intermédio da expansão do próprio budismo. A terceira versão defende que o Jiu Jitsu originou-se na China.

Já a origem do Jiu Jitsu no Brasil não é motivo de desacordo. Ele foi trazido em 1915, pelo japonês Esai Maeda Koma, ou, como ficou conhecido, Conde Koma. O japonês, no ano seguinte, conheceu Gastão Gracie, que se tornou um entusiasta do jiu-jitsu, levando o mais velho de seus oito filhos, Carlos, na época com 15 anos, ainda franzino, para aprender a arte com o japonês.

Os Gracie aprimoraram as técnicas, sendo que, a maior diferença para o Jiu Jitsu tradicional, é o fato de que os japoneses privilegiam as quedas, enquanto a técnica dos Gracie privilegia as lutas no chão. Atualmente, o Jiu Jitsu brasileiro é mais difundido que o original, sendo inclusive, exportado para o Japão e para todo o resto do mundo.

Sendo considerada uma “arte versátil”, “suave”, como diz a tradução, o Jiu Jitsu usa a força e o peso do adversário contra ele. Assim, a principal característica dessa modalidade esportiva são os golpes que buscam a imobilização e neutralização do adversário, através de golpes de articulação e em pontos vitais do corpo.

É com base nesse contexto que o estudante de educação física, Ely Carlos Urzulin Rocha, e Ilha Solteira (SP) está promovendo um estudo de caso.

Este estudo tem como objetivo verificar, por meio da prática do jiu jitsu, as principais melhorias em relação à inclusão social de um cadeirante, avaliando a capacidade funcional antes e após a prática do esporte, a motivação e as barreiras para a atividade física, as experiências subjetivas na atividade, bem como entrevistar pessoas do convívio do cadeirante e prescrever um treinamento adaptado para o mesmo.

“O objetivo desse trabalho é mostrar a importância desses indivíduos nas modalidades esportivas, provando que eles podem, sim, praticar mesmo com limitações, estando, dessa forma, incluídos na prática esportiva”, reafirma o estudante Ely o objetivo de seu estudo.

Para a realização deste trabalho, o estudante dividiu a sua pesquisa em duas partes. A primeira será elaborada com base em revisão de literatura e para a segunda parte, será realizada uma pesquisa descritiva, de caráter estudo de caso, em um indivíduo de 28 anos, portador de paralisia e deficiência, que realiza movimentos parciais de alguns membros.

Sobre a metodologia utilizada para a elaboração de seu projeto, Ely comenta que “esse trabalho é realizado nas dependências do clube SEIS e para maior aproveitamento dos movimentos, como recursos para as aulas, são utilizados materiais de apoio como garrafas PET, borracha látex (garrote), cordas, uma área de tatame, bolas em geral”.

Para finalizar, Ely comenta que sua vontade é de transformar o seu projeto em um trabalho social voltado para atender não só os portadores de necessidades especiais, mas toda a população da cidade. “Para isso é preciso que primeiro as pessoas tenham o conhecimento desse projeto, que elas o reconheçam como um bom projeto e que por fim o apóiem”.

* A matéria foi enviada pelos responsáveis pelo http://blogcafeexpresso.blogspot.com/