Começa nesta segunda-feira, dia 5 de abril, a terceira etapa da estratégia nacional de vacinação contra a influenza H1N1. Adultos com idade entre 20 e 29 anos têm até o dia 23 de abril para tomar a vacina. A meta do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 80% do público-alvo desse grupo, formado por 35,1 milhões de pessoas. Essa faixa etária foi a que teve o maior número proporcional de casos de doença respiratória grave causada pelo novo vírus no ano passado: 24% do total de 44.544 casos, em todo o país. O grupo também concentrou 20% das mortes ocorridas em 2009 (ao todo, foram 2.051).
Em virtude do feriadão da Semana Santa, o Ministério da Saúde prorrogou a vacinação de grávidas, doentes crônicos (exceto idosos) e crianças de seis meses a menores de dois anos até o dia 23 de abril. Assim, a segunda etapa, que terminaria na última sexta-feira (2), deverá continuar ao longo da terceira fase. Os estados, em parceria com os municípios, são responsáveis por definir e divulgar os locais e horários de vacinação. Em todo o país, são mais de 36 mil salas de imunização. Para serem vacinadas, as pessoas de 20 a 29 anos devem ir aos postos de vacinação levando documento de identidade com foto.
Com a prorrogação da segunda fase até 23 de abril, todas as grávidas que ainda não se vacinaram, independentemente do período de gestação, devem se imunizar. As mulheres que engravidarem após o fim da terceira etapa poderão tomar a vacina nas fases seguintes. Não é necessário apresentar atestado médico para comprovar a gravidez.
Na vacinação das crianças, pais e responsáveis devem levar aos locais de imunização apenas os bebês de seis meses a menores de dois anos. É muito importante levar o cartão de vacinação das crianças. Elas receberão uma dose dividida em duas vezes. A segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira. Se a criança completar seis meses depois do dia 2 de abril, também poderá ser vacinada normalmente.
Em relação aos doentes crônicos, devem procurar os postos de vacinação pessoas com menos de 60 anos que têm problemas sérios de coração, pulmão, rins, fígado, diabéticos, pacientes em tratamento para aids e câncer ou os chamados grandes obesos (veja lista abaixo). Aqueles que serão vacinados devem levar aos postos um documento de identidade com foto e a carteira de vacinação do adulto, se possuírem. Também não é preciso levar atestado médico comprovando a doença crônica.
Os idosos com doenças crônicas devem aguardar. A população com mais de 60 anos terá uma etapa exclusiva, entre os dias 24 de abril e 7 de maio, juntamente com a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso contra gripe comum. Nesse período, todos os idosos serão imunizados contra a gripe comum, como acontece todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, serão vacinados também contra a gripe pandêmica. Assim, o idoso só precisará ir ao local de vacinação uma única vez.
ETAPAS DE VACINAÇÃO – A estratégia de vacinação contra a influenza pandêmica foi dividida em cinco etapas, para públicos específicos (veja cronograma abaixo). Os grupos prioritários são aqueles que têm o maior risco de desenvolver formas graves da doença e de morrer. Eles foram definidos pelo Ministério da Saúde em consenso com sociedades científicas, entidades de classe e representantes de estados e municípios. Os critérios para definição dos públicos prioritários levaram em conta as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados epidemiológicos observados na primeira onda da pandemia no Brasil e a experiência dos países do Hemisfério Norte.
A OMS recomendou a imunização de quatro grupos: trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas. O governo brasileiro ampliou a vacinação para outros três grupos: crianças de seis meses a menos de dois anos e adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos.
Ao todo o Ministério da Saúde adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra gripe pandêmica. A meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo.