
Os principais candidatos a substituir Dunga como técnico da seleção brasileira mostram um desequilíbrio muito grande quando o assunto é o histórico de cada um no futebol. Entre os treinadores que almejam o cargo, Luiz Felipe Scolari tem quase o dobro de títulos importantes conquistados do que o seu rival mais próximo. Em relação a Mano Menezes, Muricy Ramalho, Ricardo Gomes e Leonardo, ele também é disparado o com maior experiência e prestígio internacional.
Felipão, que será apresentado pelo Palmeiras nesta quinta-feira (15), já ganhou 12 competições importantes na carreira, a maior delas a Copa do Mundo de 2002. Em seu currículo constam também duas Copas Libertadores (1995 e 1999), três Copas do Brasil (1991, 1994 e 1998) e um Campeonato Brasileiro (1996), entre outras competições.
No cenário internacional, além da Copa do Mundo de 2002, Felipão foi vice-campeão da Eurocopa de 2004 e quarto colocado do Mundial de 2006, ambos com a seleção portuguesa. Ele também conseguiu um vice-campeonato da Libertadores, com o Palmeiras, em 2001.
O segundo melhor concorrente no quesito títulos é Muricy Ramalho. Mesmo sem vencer um torneio há quase dois anos, o treinador ainda mantém um bom nome, principalmente pelo tricampeonato brasileiro com o São Paulo entre 2006 e 2008. O atual técnico do Fluminense também tem em seu currículo dois títulos pernambucanos (2001 e 2002), dois gaúchos (2003 e 2005) e um paulista (2004), com o São Caetano. Internacionalmente, o treinador possui um vice-campeonato da Libertadores.
Atual treinador do São Paulo, Ricardo Gomes tem as suas principais conquistas obtidas no exterior, o que faz inclusive que ele seja mais reconhecido fora do Brasil do que no país. O técnico já foi campeão da Copa da França uma vez e da Copa da Liga Francesa em duas oportunidades, além de ter um Campeonato Baiano no currículo. Seu principal desempenho talvez tenha sido o vice-campeonato da Copa da Uefa em 1997, com o Paris Saint-Germain.
Enquanto alguns concorrentes ao cargo apostam no passado, Mano Menezes tem o presente como seu principal aliado para comandar a seleção. Mesmo com o fracasso na Copa Libertadores deste ano com o Corinthians, o treinador foi campeão da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista em 2009, além de ter feito a melhor campanha de um time na história recente da Série B em 2008, também com o Alvinegro. No Grêmio, chegou ao vice da Libertadores de 2007, além de dois títulos estaduais.
O último caso, de Leonardo, é o mais diferente de todos. O ex-lateral-esquerdo e meia, que treinou o Milan brevemente e sem sucesso na última temporada europeia, não tem títulos e seria uma escolha semelhante à última da CBF, quando a confederação levou Dunga para treinar a seleção. A diferença fundamental é a abordagem mais tranquila e menos rigorosa de Leonardo em relação ao time e à imprensa. Em termos de resultados e experiência, entretanto, pouca coisa mudaria no banco brasileiro com a sua escolha.