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Com histórico cardíaco, Bill Clinton se recupera após internação em NY

A secretária de Estado, Hillary Clinton, deixou Washington e foi para Nova York para ficar com o marido

O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, passou por um procedimento médico de urgência nesta quinta-feira em que foram instalados dois stents em uma das artérias do coração, após ter sido internado com dores no peito, disse um assessor nesta quinta-feira.

Clinton, 63, "está com boa disposição e continuará a concentrar-se no trabalho da sua fundação e nos esforços de alívio e de recuperação a longo prazo do Haiti", disse Douglas Band, conselheiro do ex-presidente. Clinton é o enviado especial das Nações Unidas para o Haiti e foi encarregado pela organização de coordenar os esforços de recuperação do após o grande terremoto do mês passado.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, deixou Washington e foi para Nova York para ficar com o marido, que se submeteram ao procedimento no Hospital Presbiteriano de Columbia, em Manhattan.

O stent é uma pequena prótese metálica com o formato aproximado de uma mola, introduzida na coronária por cateterismo, que se expande juntamente com um balão para manter aberta a passagem de sangue, normalmente obstruída por placas de gordura.

O procedimento para a instalação é chamado de angioplastia. Médicos introduzem um tubo através de um vaso sanguíneo na virilha ou no braço, inflam o balão na artéria obstruída, para abrir passagem para o sangue. O stent mantém a abertura.

Em 2004, Clinton teve dores no peito, e os médicos descobriram que quatro grandes vasos que levam oxigênio ao coração estavam cerca de 90% entupidos. Ele passou por uma cirurgia na qual foram aplicadas quatro pontes em seu coração —três mamárias e uma de safena. No ano seguinte, ele passou por uma operação para remover líquido pleural e tecido cicatrizado de seu pulmão esquerdo.

Nos casos de ponte e angioplastia, os pacientes muitas vezes precisam de outro procedimento anos depois, porque as artérias entupiram-se novamente.

As dores ex-presidente Bill Clinton provavelmente foram causadas por problemas nas pontes, disseram cardiologistas ouvidos nesta quinta-feira.

"O problema que enfrentamos é que os enxertos são colocados em uma operação de ponte têm uma vida média de cerca de dez anos", diz o médico Cam Patterson, da Universidade da Carolina do Norte. "Alguns deles terão a duração de cinco anos e alguns terão a duração de 15 anos. Então, se ele tinha quatro enxertos não é de se estranhar que um deles começasse a falhar agora."

"Esse tipo de doença é progressiva. Não é um evento único, e aponta para a necessidade de constante vigilância e tratamento de fatores de risco como colesterol alto e hipertensão", disse Clyde Yancy, cardiologista da Baylor University Medical Center, em Dallas, e presidente da Associação Americana do Coração.

Depois da operação de 2004, Clinton pareceu mais magro e saudável do que quando presidente.

O ex-presidente tem trabalhado em semanas recentes para ajudar os esforços de ajuda humanitária no Haiti. Após deixar o cargo, Clinton criou uma fundação com a qual pressiona empresas e cidadãos ricos a se empenharem na solução de alguns dos piores problemas mundiais. Mais recentemente, ele tem comandado o esforço de ajuda dos EUA ao Haiti.