O Pantanal perdeu 12,4 mil quilômetros quadrados (km²) de vegetação em seis anos, diz uma pesquisa preparada por organizações não-governamentais e a Embrapa, noticiada hoje pela Agência Brasil. No publicado, não é citado o tamanho das áreas mais afetadas pelo desmatamento, se do lado de Mato Grosso do Sul ou de Mato Grosso, já que o Pantanal toma parte do território desses dois estados.
O levantamento feito por meio de imagens de satélite, afirma que o desmatamento avança mais na área de planalto do bioma e é menos intensivo na planície. O Pantanal mede 230 km², dos quais 65% desse território ficam em Mato Grosso do Sul e o restante, em Mato Grosso.
O estudo que acompanhou o desmate entre os anos de 2002 e 2008, apresentado nesta semana mostra que 86,6% da vegetação da planície estão preservadas, mas só restam 41,8% de cobertura original no planalto.
A pecuária, informa a Agência Brasil, é o principal vetor do desmatamento no Pantanal, de acordo com o levantamento. A conversão de vegetação em pastagens é responsável por 11,1% do uso da terra na área de planície e 43,5% no planalto. A agricultura ocupa 0,3% da região de planície do bioma e 9,9% do planalto.
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O estudo, feito em parceria entre as organizações não governamentais WWF, Conservação Internacional, SOS Pantanal, SOS Mata Atlântica, a Fundação Avina e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), comparou imagens de satélites com visitas de campo pela região.
A diferença entre a devastação no planalto e na planície reflete diferenças nas formas de ocupação do bioma. De acordo com o levantamento, o planalto é fortemente ocupado pela agricultura e pela pecuária. Na planície, a pecuária mais extensiva pressiona menos a abertura de novas áreas.
Apesar do crescimento do desmate verificado no período, a situação do Pantanal ainda é melhor que a de outros biomas do país. A Amazônia registra taxa anual de desmate de cerca de 7 mil km² e o Cerrado já perdeu metade de sua cobertura vegetal original.
