Não é de hoje que o Facebook é palco para várias situações bastante inusitadas. A rede social já protagonizou casos muito curiosos, como o pedido de drag queens para não utilizar o nome real, uma pesquisa que mostra que encontraramigos pessoalmente torna os internautas mais felizes e um estudo que indica que divórcios são mais comuns entre os casais que usam o Facebook.
Porém, um acontecimento que ganhou bastante destaque na rede social foi a política, mais especificamente as eleições que aconteceram no dia 5 de outubro: de acordo com o Safernet, em relação ao mesmo período do ano passado, o número de denúncias sobre crimes de ódio na internet mais que triplicou nos dias próximos da votação. O que acontece é que as pessoas estão brigando, discutindo e desfazendo laços de amizade, profissionais ou até familiares por causa de opiniões políticas divergentes.
Conselhos preciosos para evitar brigas
Profissionais do ramo de comportamento dão dicas de como evitar discussões que podem começar na rede e ir para o campo pessoal. Célia Leão, consultora de etiqueta e marketing pessoal, diz que “o respeito deve imperar, principalmente entre parentes e amigos. É preciso haver equilíbrio e muito cuidado com o que for escrever nas redes sociais”. Célia ainda lembra que é preciso “respirar antes de dar o ENTER na mensagem”.
Monayana Pinheiro, professora de etiqueta no Senac, também dá aos leitores dicas de como devemos nos posicionar frente a essas situações. Segundo ela, devemos “entender que estamos em uma rede social e é inevitável a crítica às suas opiniões. A discussão é saudável, desde que seja equilibrada, sem palavrões e ofensas”.
Campanha do Ministério da Justiça quer dar uma ajudinha
Diante dessas situações, o Ministério da Justiça, no começo de outubro, começou uma campanha pelas redes sociais para conscientizar as pessoas para que mantenham os direitos individuais e evitem conflitos e brigas pessoais. Confira o texto publicado no dia 3 desse mês na página oficial do Ministério da Justiça:
Dados do Safernet sobre o assunto mostram como a situação merece destaque: a entidade que recebe as denúncias de crimes cibernéticos registrou, entre os dias 28 de setembro (data do debate em que Levy Fidelix fez declarações consideradas homofóbicas) e 6 de outubro (dia seguinte ao primeiro turno), 3.734 denúncias sobre crimes de ódio na internet. No mesmo período do ano passado o número registrado foi mais de três vezes menor: 1.221 denúncias.